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Patroa desembolsa R$ 1,2 mil para salvar bebê de doméstica

Sem ambulância, bebê espera 12h por transferência de hospital

Um bebê de quatro meses que precisa de uma cirurgia de emergência no coração ficou 12 horas esperando por uma ambulância para ser transferido do Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para o Hospital Federal de Bonsucesso, no subúrbio do Rio de Janeiro.

A pequena Lorena nasceu prematura e sofre de cardiopatia, um problema no coração. A família conta que na segunda-feira (3), a bebê passou mal e foi levada para a emergência do Hospital da Posse.

Na noite de quarta-feira (5), a família conseguiu uma vaga no Hospital de Bonsucesso, que realiza esse tipo de cirurgia. E foi quando o drama passou a ser conseguir uma ambulância. A família conta que ligou para o Samu, para o Corpo de Bombeiros, mas não conseguiu nada.

"A gente se sente incapaz porque a gente fez de tudo para ela chegar até aqui. Ela conseguiu sobreviver, está lutando. A gente está lutando, e a gente está vendo que ninguém está ajudando", disse Marisa Souto da Rocha, tia da menina.

Com a indefinição, a patroa da mãe do bebê pagou R$ 1,2 mil para uma ambulância particular que chegou por volta das 11h desta quinta-feira (6), para fazer a transferência da menina do Hospital da Posse para o Hospital de Bonsucesso.

O pai da pequena Lorena diz que o estado dela piorou e ela precisa ser operada com urgência. "Eles disseram que se ela não for operada com urgência, eu posso perder minha filha", disse Paulo César da Silva.

A prima da bebê, Carine Lamarca, também reclama. "O hospital (da Posse) não tem recurso suficiente para tratar da cardiopatia dela. Então ela só está no oxigênio, de adulto, um aparelho enorme, o rostinho dela fica ali machucando. Então não tem viabilidade dela ficar aqui", queixou-se a jovem pela manhã.

"Não tem nem mais nada, a gente quer resolver", diz Andrea Cristina Lamarca da Silva, tia da menina.

A assessoria de imprensa da Prefeitura de Nova Iguaçu e do Hospital da Posse disse que ainda está apurando o motivo dessa demora. O hospital afirmou ainda que vai ressarcir o dinheiro pago pela patroa da mãe de Lorena para contratar a ambulância particular.