Tocando em casa, a banda mineira Skank foi uma das grandes atra?es do primeiro dia do festival Pop Rock Brasil, que come?ou nesse s?bado, 17, em Belo Horizonte. O grupo subiu ao palco pouco depois das 22h e levou o p?blico ao del?rio, no Mineir?o.
Em uma entrevista ap?s o show, o grupo contou que ? sempre um prazer tocar em Minas Gerais. "Mineiro gosta de rock, de rock brasileiro. O mineiro tem essa tradi??o, ou para produzir ou para degustar, ouvir", disse o vocalista e tamb?m guitarrista Samuel Rosa.
EM BAIXA
Apesar de ser refer?ncia no g?nero, Samuel Rosa reconhece que o rock j? n?o tem o prest?gio de antes. "Hoje o ax? e a m?sica sertaneja t?m mais espa?o na TV e no r?dio do que o rock", admite o cantor.
O m?sico lembra que quando o Skank come?ou, no in?cio dos anos 90, veio embalado no sucesso que o rock conquistou nos anos 80, quando esse estilo musical era o que o Brasil produzia de melhor.
"O Skank foi trilha sonora para uma gera??o, mas isso n?o significa que acabou. O trabalho continua ? altura dos anteriores", diz Samuel, referindo-se aos primeiros discos da banda, "Calango", de 1994, e "Samba Pocon?", de 1996, respons?veis pelo estouro do grupo.
ESTILO QUE N?O SE REPETE
H? 15 anos na estrada, o Skank j? vendeu mais de cinco milh?es e meio de discos e ? autor de hits como "Jackie Tequila", "Te Ver", "A Saidera", entre v?rios outros. O estilo do grupo mistura elementos diversos, ora flertando com o reggae, ora com o ska, marcado, principalmente pela presen?a dos metais.
"Quem se repete n?o sobrevive, essa ? minha opin?o. Eu gosto de acreditar que isso fez o Skank ter algum valor. Essa mudan?a constante nos faz ser interessante", justifica Samuel.
O cantor acredita que o grupo n?o atinge a juventude de hoje, assim como faz a cantora baiana Pitty e o grupo NX Zero, mais novo fen?meno da cena pop rock. "Eu n?o quero competir com eles", afirma polidamente o m?sico, lembrando que h? espa?o para todo mundo.