Odete Roitman foi interpretada por Beatriz Segall em 1988 e será vivida por Debora Bloch na versão de 2025 de 'Vale Tudo' |
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A personagem Odete Roitman fará sua estreia no remake da novela Vale Tudo no capítulo que vai ao ar neste sábado (26), mesma data em que a TV Globo celebra 60 anos. A escolha da data foi planejada pela equipe da autora Manuela Dias, responsável pela nova versão da trama de 1988, com direção da emissora.
Os detalhes
Desta vez, a personagem será apresentada ao público no capítulo 24. Em 1988, na versão original, sua primeira aparição ocorreu apenas no capítulo 28. A diferença na introdução da vilã tem motivações distintas em cada versão.
Na produção atual, a entrada de Odete Roitman coincide com o aniversário da emissora e foi organizada previamente. Já em 1988, a demora para apresentar a personagem foi consequência da dificuldade em definir quem interpretaria o papel. Inicialmente, o autor Gilberto Braga pensou em Odete Lara para a personagem, mas a atriz não participou do projeto. Tônia Carrero chegou a ser cogitada, mas também não houve acordo.
Beatriz Segall, que eternizou a personagem, não foi a primeira opção, mas acabou sendo escolhida por Gilberto Braga, que via nela o potencial necessário para o papel. Na época, a atriz estava contratada pela TV Manchete e integrava o elenco da novela Carmem, exibida entre outubro de 1987 e maio de 1988.
Como a estreia de Vale Tudo estava marcada para 16 de maio daquele ano, a artista não pôde participar das gravações iniciais. A solução encontrada foi inserir Odete Roitman com a trama já em andamento. Sua primeira cena foi exibida em junho. Mais adiante, a personagem foi assassinada em uma cena veiculada na véspera de Natal, com a revelação do autor do crime apenas no último capítulo, em janeiro de 1989.
Odete de 2025
Na nova versão, a atriz Debora Bloch assume o papel. Em entrevista, ela comentou sobre a relevância da personagem nos dias atuais:
“Odete é um retrato de uma classe que despreza o Brasil e, ao mesmo tempo, se beneficia dele, suga suas riquezas. Ela é muito interessante e, infelizmente, muito atual. Representa um pensamento conservador, preconceituoso, retrógrado ainda presente no mundo. É uma mulher que não sabe reconhecer, não entende o valor do nosso país. Estou fazendo uma Odete que represente essa personagem no Brasil de hoje.”