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'País de Jecas': confira as frases mais polêmicas de Odete Roitman em 'Vale Tudo'

Ao longo da trama, a personagem expressa seu desprezo por costumes brasileiros, pela cultura popular e até por universidades

Trinta e sete anos após sua primeira aparição na televisão, a personagem Odete Roitman volta às telas no remake de Vale Tudo, agora interpretada por Débora Bloch. A vilã, que marcou a teledramaturgia brasileira na pele de Beatriz Segall (1926–2018), segue com sua personalidade arrogante e preconceituosa, em uma versão que mantém a essência do texto original.

O roteiro

Com poucas alterações no roteiro de Gilberto Braga, Leonor Bassères e Aguinaldo Silva, a nova adaptação assinada por Manuela Dias preserva as falas polêmicas que tornaram Odete uma das antagonistas mais lembradas da televisão. Ela dispara opiniões carregadas de hostilidade e elitismo, como:

 “Foi só botar o pé aqui que você começa a sentir esse calor horroroso, uma gente horrível no caminho, gente feia esperando ônibus caquéticos no ponto.”

Ao longo da trama, a personagem expressa seu desprezo por costumes brasileiros, pela cultura popular e até por universidades. 

Foto:Reprodução/TV Globo-Beatriz Segall como Odete Roitman em 1988

Entre as frases ditas por Odete estão:

    •    “Chinelo, chinelo? Que palavra horrível! Português é uma língua tão chinfrim.”

    •    “O lugar mais ao sul que uma pessoa civilizada pode ir é Milão.”

    •    “Eu gosto do Brasil. Acho lindo, uma beleza. Mas de longe, no cartão postal. Essa terra aqui não tem jeito. Esse povo daqui não vai pra frente, é preguiçoso. Só se fala em crise e ninguém trabalha?”

    •    “Nunca sirva algo para uma visita em bandeja, você é a dona da casa, não o garçom.”

    •    “Às vezes eu tenho a sensação que as pessoas não viajam, não aprendem, não vão a Paris. Aliás, não vão nem a Buenos Aires.”

    •    “Se eu encontrasse minha mãe vendendo sanduíche na praia, eu não viraria a cara para ela. Eu enterraria a cara inteira na areia. Minha mãe era uma jeca, mas não vendia sanduíche na praia.”

    •    “Roma é a cidade eterna, mas eu continuo preferindo Paris. Aliás, Paris é minha pátria, assim como é de todas as pessoas civilizadas.”

    •    “O Brasil é um país de jecas. Ninguém aqui sabe usar talher de peixe.”

    •    “Nosso jantar é muito simplesinho. O primeiro prato é de uma simplicidade franciscana. Temos uma lagostazinha.”

    •    “A única solução para a violência é a pena de morte. Para ladrão e assaltante, cortar a mão em praça pública. E se cortasse a mão dessa gente, diminuiria o índice de violência nesse país. Não tenha dúvida.”

    •    “O que é que você tem para me oferecer? Contanto que não seja nenhuma dessas excentricidades brasílicas? Um licor de jenipapo, por exemplo.”

    •    “A recepção vai ser hor-ro-ro-sa! Casamento, então, confundem com festa junina.”

    •    “Falar de Nordeste antes da hora do jantar me faz perder o apetite.”

    •    “E você pensa que alguém aprende alguma coisa em universidade brasileira? Você quer se apresentar ao mercado de trabalho com um diploma assinado em tupi-guarani?”

    •    “Sei que está cedo, mas quero ir logo para o aeroporto. Quando entro na sala vip, já me sinto em território neutro.”

AS VERSÕES

A versão original da novela, exibida em 1988, está disponível no Globoplay. A plataforma inclui um aviso de conteúdo, ressaltando que a obra pode conter estereótipos e representações negativas, mantendo a íntegra da trama como forma de promover reflexão sobre diversidade e inclusão. Vale Tudo vai ao ar de segunda a sábado, na TV Globo.

Foto:Fábio Rocha/Globo - Debora Block como Odete Roitman em 2025

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