Quem nunca sonhou em ter a pele mais bonita, cabelos mais brilhantes ou mesmo reduzir a celulite sem esforço? A última promessa vem em cápsulas coloridas.
A pele clara sempre foi um problema para o engenheiro químico Jordani Rebeschini. No mês passado, de viagem marcada para o Deserto do Atacama, no Chile, um lugar onde o clima é seco e o sol inclemente, ele consultou um dermatologista. Além do filtro solar, Jordani tomou cápsula, um composto de vitaminas que ajuda a pele a resistir aos raios do sol.
?Não queimei nada, provavelmente teve algum lugar do meu corpo que eu esqueci de passar protetor solar. Meu irmão, por exemplo, que estava junto comigo, não tinha tomado as cápsulas, passou o mesmo protetor solar que eu estava usando, com frequência de duas horas, só que ele se queimou. Não aconteceu comigo?, conta o engenheiro.
As cápsulas que Jordani tomou são nutricosméticos, as chamadas cápsulas da beleza que são sucesso na Europa e agora chegaram com força ao Brasil. Existem vários tipos: para dar força aos cabelos e unhas, para firmeza da pele e para combater a celulite.
Como são compostos de vitaminas, sais minerais, óleos essenciais e aminoácidos, os nutricosméticos não são considerados medicamentos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) classifica todos esses produtos como suplementos alimentares, suplementos que não são nada baratos. Uma caixa dura, em média, 30 dias e custa em torno de R$ 100.
As pílulas da beleza não são um milagre ao alcance de todos. A Sociedade Brasileira de Dermatologia adverte que alguns componentes das pílulas podem causar danos à saúde. A soja, presente em alguns desses suplementos, não pode ser consumida por quem tem problemas de tireóide. Os compostos de origem marinha podem provocar alergias. Por isso mesmo, os médicos advertem que só se deve tomar esses suplementos sob orientação.
?Todos eles têm alguma contra-indicação. O ideal é procurar um dermatologista, ver o mais adequado para você, saber sua história pregressa, se você tem alguma alergia a algum produto, saber se algum daqueles milhares que vendem no mercado tem a substância que você tem alergia. Na verdade, o ideal é procurar um médico para indicar o melhor para você, o mais indicado?, orienta a dermatologista Luciana Guanaes.