A baiana Mari Antunes, de 25 anos, é a nova voz do Babado Novo, grupo que ganhou projeção com Claudia Leitte e, desde que a cantora seguiu carreira solo, há três anos, era comandado por uma dupla, Igor e Guga. O título de ?a substituta de Claudia Leitte?, porém, é inevitável. Mas Mari garante que tira de letra. ?As comparações são inevitáveis, mas tô tranquila, sabe? Não temo as críticas. Sei que tem gente que vai gostar, outros não?, afirma. ?Claudinha fez uma história linda, virou uma estrela. Vou iniciar um novo ciclo?, diz ela, que garante manter uma das marcas de Claudia: os figurinos curtinhos. ?Também gosto de exibir as pernas?, admite.
Nascida em Itapetinga, no Sul da Bahia, Mari começou a cantar aos 18 anos, quando se apresentava interpretando sucessos de outros artistas baianos. ?Desde os cinco anos de idade ninguém me tirava da cabeça que eu seria uma cantora de axé?, lembra. Em 2008, passou a liderar a banda Saryta, muito conhecida no circuito nordestino. Durante dois anos, equilibrou a função com a de enfermeira. ?Trabalhava no hospital durante a semana e cantava nos fins de semana. Ficou muito cansativo e uma hora tive que decidir?, conta. O final da história todo mundo já sabe: Mari deixou os pacientes e passou a se dedicar à música.
O convite para o Babado Novo surgiu este ano. ?A Saryta e o Babado tinham o mesmo empresário. Fizeram a proposta, e eu aceitei na hora?, comemora Mari, que sempre sonhou com o sucesso. ?Estou preparada para a fama, sempre busquei isso. Agora tenho a chance de realizar meu sonho. Adoro tirar fotos e dar autógrafos?, diz.
A primeira apresentação como vocalista do Babado Novo aconteceu em 21 de março, em Alfenas, Minas Gerais. Mas Mari só foi apresentada oficialmente como a líder do grupo na última quinta-feira, 3. Se antes fazia cerca de oito shows por mês com a Saryta, agora a média duplicou. ?Temos shows agendados em todos os estados?, vibra. Só lhe falta o jatinho para se deslocar, como fazem estrelas do axé como Ivete e Claudia Leitte. ?Vamos de ônibus quando o lugar é próximo e avião quando é mais longe. Mas jatinho, ainda não?, comenta, aos risos.
Com a nova rotina, mais agitada, Mari também tem que aprender a lidar com a distância do marido. Ela é casada há três anos com o contador Aldo Rebouças, com quem mora numa casa no bairro de Pituba, em Salvador. ?Ele não me atrapalha em nada. Pelo contrário, curte e me apoia. Não tem essa de ciúme?, garante.