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Mulheres alcoólatras aprendem a consumir bebidas com as mães

Além disso, observou-se também que na maioria dos casos, a relação entre mães e filhas era conflituosa

Influência materna é decisiva em mulheres que desenvolveram o vício, diz estudo Um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), que envolveu 62 mulheres com cerca de 40 anos, sendo 32 delas alcoólatras, revelou que o vício do alcoolismo em mulheres é aprendido em casa, principalmente com as mães.

Para os médicos, a maior causa da existência de gerações de alcoólatras em uma mesma família não está na genética, e sim nos hábitos adquiridos na infância por influência das mães que apresentam o vício.

Após uma avaliação social e psicológica das participantes, constatou-se que em 23,3% dos casos as mulheres alcoólatras tinham mães com o mesmo vício, sendo que em 20% dos casos o companheiro também era alcoólatra.

Além disso, observou-se também que na maioria dos casos, a relação entre mães e filhas era conflituosa e as filhas eram obrigadas a tomar pequenos goles diante das imposição das mães alcoolizadas. Desta forma, tanto o corpo quanto a mente destas jovens se tornaram dependentes e como o problema vem da infância, fica ainda mais difícil de tratar.

O alcoolismo é uma doença grave que altera o sistema nervoso da pessoa comprometendo sua saúde física e mental. Para tratar o problema é preciso disciplina e muita paciência, pois, o alcoólatra demora a perceber e aceitar o problema e resiste ao tratamento em função da sensação de prazer, que o álcool causa.

Mulheres que precisem de ajuda para enfrentar o alcoolismo podem procurar o Programa de Atenção à Mulher Dependente Química (PROMUD) do Instituto de Psiquiatria (IPq), do Hospital das Clínicas (HC), da FMUSP. O programa gratuito presta atendimento multidisciplinar destinado exclusivamente à mulheres.