Poucos dias antes de completar quatro anos da tragédia com o Airbus A320, que matou 199 pessoas no aeroporto de Congonhas, zona sul de São Paulo, o Ministério Público Federal apresentou na segunda-feira denúncia criminal contra três pessoas. Denise Maria Ayres Abreu, então diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e dois diretores da TAM na época do acidente, Alberto Fajerman (vice-presidente de Operações) e Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro (diretor de Segurança de Voo), foram acusados de ter exposto a perigo o Airbus, provocando a maior tragédia da história da aviação brasileira. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
O acidente ocorreu em 17 de julho de 2007, quando o A320 da TAM, que vinha de Porto Alegre, derrapou na pista do Aeroporto de Congonhas e foi bater em um prédio do outro lado da Avenida Washington Luís. Chovia, o avião estava com um de seus reversos (parte de seu sistema de freio) desativado, e a pista do aeroporto havia sido reformada e liberada havia 20 dias sem o grooving - ranhuras na pista feitas para ajudar a frear os aviões. A denúncia foi registrada ontem na 1.ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Caso sejam condenados, os acusados podem pegar até 4 anos de prisão.