O Instituto de Criminalística (IC) deve fazer nesta sexta-feira (23) a perícia na montanha-russa ?Looping Star?, do Playcenter, onde houve um acidente nesta quinta-feira (22). No total, 16 crianças e adolescentes ficaram feridos depois que dois carrinhos bateram.
A montanha-russa é uma das principais atrações do parque. São 592 metros de trilhos que os carrinhos percorrem em uma velocidade de até 90 km/h. Ela funciona há 14 anos.
De acordo com a polícia, uma falha no sistema de freios pode ter causado o acidente. O brinquedo foi interditado, e a perícia deve ser feita nesta manhã. ?O freio de espera não foi acionado, que é justamente o freio que faz o carro esperar que o outro saia da plataforma?, explicou o delegado Marco Aurélio Batista, que investiga o caso.
Os feridos são alunos de escolas municipais de Carapicuíba e Guarulhos, na Grande São Paulo. Dos 16 feridos, 15 foram levados para o Hospital Metropolitano. Na noite de quinta, apenas cinco permaneciam em observação e uma criança continuava internada ? uma menina de 11 anos que sofreu uma fratura no nariz e vai passar por cirurgia nesta manhã.
A estudante Bianca Oliveira Lima, de 11 anos, trincou o maxilar no acidente. Ela falou com o G1 depois de receber alta do Hospital Metropolitano, acompanhada da mãe, Elinalva Oliveira Lima, de 33 anos. A menina diz que outros três amigos da escola ficaram feridos.
Bianca contou que o carrinho onde ela e os amigos estavam subia pelos trilhos quando a composição da frente parou. Os carrinhos colidiram, o de trás desceu de ré e voltou a subir, batendo de novo. A mãe recebeu um telefonema do Playcenter por volta das 14h40 avisando do acidente. ?Falaram que não era nada grave, então fiquei mais tranquila?, disse Elinalva.
Colega de escola de Bianca, Rodrigo do Nascimento Amaral, de 10 anos, bateu o nariz no banco da frente e teve um sangramento. ?O freio não queria parar, ele [carrinho] veio muito forte e bateu?, contou sobre o acidente. Segundo as crianças, um menino desmaiou após a colisão. A mãe de Rodrigo, Márcia Ângelo Silvina Amaral, de 43 anos, recebeu o telefonema do parque por volta das 15h30. ?Eu fiquei muito nervosa e comecei a chorar?, lembrou.
Após o acidente, a montanha-russa foi interditada e o parque continuou funcionando normalmente.