O menino Patrick Hora Alves, de 10 anos, que foi submetido a uma cirurgia de transplante de coração na sexta-feira (15) ainda se encontra em período crítico, mas vem respondendo às medicações e as funções orgânicas estão dando sinal de melhora. As informações foram divulgadas pela assessoria do Instituto Nacional de Cardiologia (INC) nesta quarta-feira (20).
Ainda de acordo com o boletim, o paciente está sedado e ainda necessita de suporte cardiorrespiratório e renal.
Patrick abriu os olhos, diz pai do menino
Patrick já consegue abrir os olhos, segundo seu pai, Luiz Cláudio Alves. Ele conta ainda que o menino já consegue urinar por conta própria.
"É muita felicidade saber que Deus existe. Sempre acreditei nele e entreguei a ele a situação do Patrick", disse Luiz Cláudio.
Ainda de acordo com o pai, o quadro de saúde dele vem apresentando melhora diariamente. "A cada dia que passa ele está melhor, o coração vai ficando melhor. Os médicos estão otimisitas", comemora ele.
Cirurgia foi um sucesso, diz médico
Na sexta-feira, o cardiologista do hospital, Alexandre Siciliano, classificou como um "sucesso" o transplante, mas reiterou que, por se tratar de uma cirurgia de alto risco, as 72 horas seguintes seriam consideradas críticas. No período crítico, a criança poderia apresentar rejeição ao novo coração, assim como sangramentos, arritmias e paradas cardíacas.
Segundo ele, Patrick ficará, no mínimo, 30 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva pediátrica do hospital e precisará tomar remédios para a vida toda.
De acordo com o diretor do INC, Marco Antonio Mattos, cerca de 30 profissionais, entre médicos, enfermeiros e assistentes sociais trabalharam no processo de transplante do menino.
Patrick foi a primeira criança do Brasil a conviver com um coração artificial por cerca de 30 dias. O diretor explica que Patrick sofria de uma doença genética chamada miocardiopatia restritiva. Desde então, ele teve dois coágulos no coração e o órgão acabou se deteriorando, após uma das cirurgias para a retirada do coágulo. O coração artificial poderia ficar no corpo da criança por até três meses.