Lançada no Brasil em janeiro de 2011, com vendas exclusivas na rede Droga Raia e na loja online Sack"s, a marca de cosmésticos Seeja, da übermodel Gisele Bündchen, não atraiu as consumidoras brasileiras e os cremes permaceram no estoque.
"Houve um posicionamento errado de preço", disse ao jornal Valor Econômico uma fonte que conhece a operação. "Gisele foi eficaz em atrair atenção, mas o produto não estava alinhado com as expectativas".
Os potes de 57g, que custavam em torno de R$ 100, agora são encontrados entre R$ 70 e R$ 85. Mesmo sendo um trunfo de marketing para grandes empresas de moda e beleza, como a Hope e a Procter & Gamble, a modelo quase não faz campanha para a Seeja.
Apesar do apelo sustentável, a embalagem simples, de papel reciclado, dos produtos destoa dos cremes importados de preços semelhantes. E não há qualquer imagem de Gisele no rótulo.
"Questionamos até onde ia o poder de Gisele para vender uma linha de cosméticos sem os apelos visuais na embalagem que justifiquem os preços elevados", disse outra fonte ao jornal.
Na internet, as críticas se multiplicam. Blogueiros, cada vez mais estratégicos para empresas de cosméticos, desaprovam o preço, as embalagens, a falta de opções e até o perfume de sândalo, que Gisele diz ter sido escolha própria.
O acento na palavra "creme" da primeira série de embalagens também não passou despercebido para os internautas; sem falar na reação ao fato de Gisele ter dito no lançamento da sua linha de cuidados com a pele que não usava protetor solar.
"Minha ideia com a Sejaa era começar bem pequeno, dando um passo de cada vez. Tenho muitos planos para expandir a marca no futuro", disse Gisele, em nota. A irmã e agente da modelo, Patricia Bündchen declacarou que as análises dos resultados no Brasil foram boas. "Voltamos à fase de desenvolvimento e planejamos lançar outros produtos em outros mercados".
A Classy Brands, distribuidora oficial da marca no Brasil, afirmaram que as vendas no país cresceram 40% no segundo semestre em relação ao primeiro.