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Mãe é informada ao vivo na TV de morte da sua filha

Concetta Serrano participava do programa Chi lha visto? (Quem viu?), da TV pública RAI

A mãe de uma adolescente italiana desaparecida foi informada que sua filha havia sido assassinada e que seu cunhado havia confessado o crime durante sua participação ao vivo num programa de TV.

Concetta Serrano participava do programa Chi l"ha visto? (Quem viu?), da TV pública RAI, dedicado a pedir ajuda para desvendar casos de pessoas desaparecidas, quando foi informada por um dos repórteres do programa sobre a notícia.

A mãe participava do programa com uma câmera colocada na casa do próprio cunhado, Michele Misseri, o qual a polícia disse ter confessado o assassinato.

A filha de Serrano, Sarah Scazzi, 15 anos, desapareceu no dia 26 de agosto quando caminhava até a casa do tio na cidade de Avetrana, no sul da Itália, onde ela se encontraria com um primo para ir à praia.

Corpo

Durante o programa na noite de quarta-feira, assistido por 3,5 milhões de pessoas, a âncora Federica Sciarelli informou Serrano de que agências de notícias diziam que a polícia procurava um corpo que poderia ser de sua filha.

Ao lado de familiares e de um advogado, a mãe permanecia praticamente calada, aparentemente em estado de choque. Após vários minutos nos quais foram lidas outras notícias com o desdobramento do caso, a âncora finalmente deu a Serrano a informação de que o dono da casa onde ela estava, e que não participava do programa por estar sendo interrogado pela polícia naquele momento, havia confessado o assassinato.

Sciarelli então sugeriu a Serrano: "Talvez seja melhor a senhora ir para casa". A mãe saiu então de cena, mas o programa continuou com um repórter descrevendo a cena na casa, com uma das filhas do acusado em prantos e alegando a inocência do pai.

Caixa d"água

O promotor do caso, Franco Sebastio, afirmou depois em uma entrevista que a polícia havia encontrado o corpo de uma adolescente loura em uma caixa d"água após Misseri levá-los ao local.

Um teste de DNA será realizado para comprovar se o corpo era mesmo de Sarah. O tio da garota teria confessado tê-la assassinado após ela ter recusado suas propostas sexuais.

Apesar da polêmica gerada pelo programa, o diretor-geral da RAI, Paolo Ruffini, defendeu a emissora. "O programa procurou lidar com um evento muito trágico da maneira mais delicada possível, e tenho que dizer que a apresentadora conseguiu", afirmou.