A mãe do jovem de 23 anos que morreu na segunda-feira (19) em Catanduva, a 385 km de São Paulo, após tomar anabolizantes, contou que ele estava bastante nervoso e agitado antes da morte. Segundo ela, o comportamento anormal começou a ser visto cerca de dois meses antes de o rapaz ser internado.
?De uns dois meses, um mês e pouquinho, eu estava percebendo que ele estava muito nervoso, muito agitado, brigando com todo mundo?, disse Adriana Cardoso de Faria, que também contou que o filho, Miguel Suzuki Neto, sempre foi preocupado com a forma física. Ele cursava a faculdade de nutrição
A mulher do jovem conta que ela e o marido trabalhavam no Japão e voltaram para o Brasil em março deste ano. Mesmo com a convivência, ela não desconfiou de nada. ?Ele sempre foi uma pessoa que cultuou muito o corpo. Mas em relação a esse tipo de medicamento eu nunca fiquei sabendo?, contou Stephanie Ruriko.
O jovem foi levado para um hospital em Catanduva depois de passar mal. Ele ficou internado por quatro dias e morreu após uma parada cardiorespiratoria. No atestado de óbito, a causa da morte é descrita como abuso de anabolizantes e hormônios masculinos, além de intoxicação.
A Delegacia de Investigação sobre Entorpecentes de Catanduva quer saber como o jovem teve acesso a esse tipo de substância. ?Nós instauraremos um inquérito policial para apurar de que maneira esse jovem adquiriu essa substância, que tipo de substância é essa?, explicou o delegado Amauri Pelarin.
A menos de um mês, um jovem de 26 anos morreu em Rio Preto depois de injetar anabolizantes de uso veterinário. A morte ainda é investigada. A venda de produtos do tipo sem receita medica é crime. Quem vender pode ser processado por tráfico de entorpecentes.