A jornalista da rede de TV France 24 Sonia Dridi procurou a polícia egípcia neste sábado para registrar um boletim de ocorrência em que alega ter sido abusada sexualmente enquanto cobria uma manifestação na praça Tahrir, na capital egípcia.
De acordo com a emissora, os homens cercaram a repórter por volta das 22h30 e começaram a empurrá-la e tocar seu corpo. Ela havia acabado de terminar uma gravação sobre uma manifestação na praça Tahrir, palco dos protestos que levaram à queda do ditador ditador Hosni Mubarak.
"Eu estava acompanhada da minha equipe, então não senti que estivesse em perigo", afirmou a repórter em uma entrevista à própria emissora. Ela diz que o ambiente ficou tenso após a gravação do boletim da reportagem.
"A multidão nos cercou...A maioria era de jovens, mas não só. Eles começaram a me tocar e eu me juntei a meus colegas, que tentaram me tranquilizar e atrair minha atenção para que pudéssemos sair dali o mais rápido possível".
Depois de alguns momentos de tensão, o correspondente da emissora no país, Ashraf Khalil, conseguiu resgatar a repórter do meio da multidão.
Em um comunicado oficial, a emissora informou que os jornalistas estão seguros e passam bem.
A France 24 condenou os "repetidos atos de violência contra jornalistas, que devem ter condições para trabalhar livremente em qualquer lugar do mundo".