A casa está linda, ricamente decorada. Uma árvore enorme, branca, com enfeites em vermelho e luzinhas coloridas, toma toda a lateral da sala de estar e, embaixo dela, dezenas de embrulhos para amigos e para os amigos dos amigos. Um presépio estilizado, com figuras de cerca de meio metro, domina o centro da sala.
Na varanda e na estufa, mais luzes, que pendem do teto em cascata e transformam o ambiente em pura magia. Na piscina, no meio dela, outra árvore igualmente gigante. Motivos natalinos em toda a parte.
Ainda que essa beleza toda seja um convite para o Natal perfeito, os donos de tal casa não vão estar juntos essa noite. Sozinhos no meio desse fausto, Helena e Marcos apenas brindam antes de saírem cada qual pra seu canto. Ele para o Natal na casa de Tereza, ao lado das filhas; e ela, para o Natal na vila, com os amigos, com faz todos os anos.
Antes, porém, a troca de presentes. Ela dá uma caneta – em retribuição ao primeiro presente que ele lhe deu –, e ele lhe dá uma câmera fotográfica moderníssima. Beijam-se, bebericam do champanhe, trocam bons augúrios e saem como um moderno casal romântico, sem possessividade e com muita compreensão. Melhor assim.