Em entrevista coletiva concedida no Hospital Albert Einstein, na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta terça (12), os médicos que estão cuidando de Hebe Camargo falaram que vão indicar quimioterapia e que o câncer da apresentadora é raríssimo e atinge uma em cada 100 mil mulheres.
Antônio Vasconcellos de Macedo, cirurgião-geral, e Sérgio Simon, oncologista, explicaram o estado de saúde da apresentadora e falaram sobre as expectativas do tratamento.
Hebe deu entrada no hospital na terça-feira (6), ao voltar de uma viagem para Miami. Segundo Macedo, ela sentia fortes dores abdominais e apresentava uma distensão na região do intestino. A apresentadora acreditava ser um mal-estar gástrico, situação que não foi confirmada pelos exames - a colonoscopia (exame do estômago) e a endoscopia (exame do intestino) a que foi submetida tiveram resultados normais. Uma tomografia de abdome, porém, revelou uma suspeita de tumor do peritônio, que é a membrana que reveste todos os órgãos abdominais. Os órgãos, porém, não foram atingidos. Hebe voltou para casa e retornou ao hospital na sexta (9), e no sábado pela manhã se submeteu à cirurgia.
- O peritônio tinha nódulos por toda a sua extensão, e alguns foram retirados para análise - explicou o médico.
Ainda de acordo com o cirurgião, ela evoluiu muito bem e está na unidade semi-intensiva, devendo ir para o quarto ainda hoje. Amanhã pela manhã, Hebe começa a receber a quimioterapia endovenosa (ou seja, o medicamento é injetado na veia). O oncologista Simon explica o tratamento:
- São oito aplicações a cada 21 dias. É possível que ela tenha de fazer uma segunda cirurgia para avaliar o tratamento, isto é muito frequente. Mas é vida normal, pode gravar o programa, se alimentar como de costume. Neste fim de semana ela já vai estar em casa.
O tratamento, segundo os médicos, tem 60% de eficácia. Caso não haja sucesso, porém, existem outras alternativas.