Um grupo armado tentou, em vão, atacar um comboio de ajuda alimentar escoltado pela Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah), anunciou a ONU nesta terça-feira.
"Um incidente foi registrado sábado perto do aeroporto de Jeremie (oeste), onde um grupo armado tentou atacar um comboio de ajuda alimentar", informou em relatório o Escritório de Coordenação dos Assuntos Humanitários da ONU (Ocha).
"Eles tinham bloqueado a estrada antes da chegada do comboio. A Minustah efetuou alguns disparos de advertência, e eles fugiram", explicou à AFP Elisabeth Byrs, porta-voz do Ocha em Genebra.
"A situação da segurança no país continua estável, mas há incidentes isolados", acrescentou.
Na cidade de Jacmel, ao sul de Porto Príncipe, 33 detentos que fugiram de uma penitenciária no dia do violento terremoto que devastou o Haiti foram presos novamente no domingo, informou o Ocha.
Cerca de 6 mil prisioneiros fugiram dos centros de detenção haitianos, parcialmente destruídos e abandonados depois do terremoto de 12 de janeiro, que deixou 170 mil mortos, segundo as autoridades haitianas.
Deste total, 4 mil estavam na penitenciária de Porto Príncipe, a maior do país, e muitos deles cumpriam pena de prisão perpétua.
"Vários já foram presos novamente", destacou Byrs, sem dar mais detalhes.
A insegurança é uma das principais preocupações das equipes internacionais de ajuda humanitária e dos moradores de Porto Príncipe.
Os comboios de ajuda são escoltados e as distribuições são feitas sob a estreita vigilância das tropas da Minustah e do Exército dos Estados Unidos, que mobilizou 22 mil homens no Haiti.