O que para algumas empresas pode ser material descartado, para o artista plástico Franco Junior é matéria-prima para seu novo projeto. Ele transforma restos de ACM - um composto de alumínio, PVC e alumínio – em peças decorativas.
O trabalho chama a atenção por ser feito unicamente com o ACM e, em algumas peças, utiliza as cores já presentes no material. Aquelas em que não é possível, usa-se texturas e outros meios de deixá-las mais bonitas.
Há pouco mais de um mês trabalhando com esse novo conceito, Franco diz estar gostando da experiência e apesar de não ter ainda colocado no mercado, a divulgação que fez por meio das redes sociais tem tido uma boa resposta, o que anima o artista a continuar testando modelos e formas e transformando o que era lixo em pura arte.
“Esse material é super acessível. Algumas grandes empresas de comunicação visual acabam descartando porque não utilizam mais. Como é uma peça fina composto de alumínio pvc e alumínio, muito utilizado em fachada de lojas, prédios, a produção é grande e algumas empresas preferem descartar o que não é utilizado. E o que não é aproveitado eu venho pegando para fazer as peças decorativas”, diz.
O artista começa fazendo desenhos e depois vai recortando manualmente e criando uma junção das peças como num mosaico e aos poucos vai dando vida ao objeto. “Vou montando como num mosaico e colocando textura como areia, resina, usando spray e criando texturas para as peças. Vou me envolver mais com a ideia do spray nos trabalhos que estou desenvolvendo agora. Tem pouco mais de um mês que estou com essa ideia”.
Segundo Franco Júnior, são peças decorativas que podem ser colocadas tanto na parte interna como externa da casa ou apartamento podendo ser exposta ao sol ou a chuva sem danificar a peça, mas mesmo assim ele recomenda que seja usada mais dentro de casa ou na varanda.
Usando da criatividade, ele vem desenvolvendo imagens das mais diversas. Em razão da facilidade de manuseio do material é possível fazer o que manda a imaginação. E assim com habilidade e paciência ele vai moldando cada uma das peças.
Até o momento ele não fala em exposição, mas já negocia com uma loja de artesanato em um shopping de Teresina para colocar algumas de amostra e ver como o público reage a esse novo conceito de trabalho de Franco Júnior que ele define como algo contemporâneo. (Por Liliane Pedrosa)