O ICCE (Instituto de Criminalística Carlos Éboli) começa nesta terça-feira (8) a analisar o computador da atriz Carolina Dieckmann, que teve fotos nuas divulgadas na internet sem sua autorização.
Na noite de segunda-feira (7), a DRCI (Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática) ouviu os depoimentos de dois técnicos de informática da empresa onde a atriz levou o seu equipamento para manutenção.Os dois foram ouvidos na condição de testemunhas.
O inquérito aberto pela Polícia Civil apura os crimes de extorsão, difamação e furto. Além da perícia, policiais fazem buscas na rua por pistas que levem a informações sobre suspeitos dos crimes.
Na segunda-feira, depois de sete horas e meia, Carolina deixou a DRCI, na Cidade Nova, região central do Rio de Janeiro, após prestar depoimento de duas horas sobre a publicação na internet de suas fotos. Também foram ouvidos um secretário pessoal da atriz e o marido dela, Tiago Worcman.
Pouco depois de Carolina chegar à delegacia, um técnico de informática foi chamado pelo advogado Antônio Carlos Almeida Castro, o Kakay, para ir à unidade. Ele chegou por volta das 11h e saiu da DP um pouco antes da atriz. Marcos Rizzi disse que abriu o computador da atriz, porém, sem conseguir identificar como houve a invasão.
? Não cheguei à conclusão nenhuma.
Segundo Kakay, as fotos de Carolina foram tiradas para uso na intimidade dela com o marido. A atriz disse ter sido chantageada em três ligações telefônicas por uma pessoa que cobrava R$ 10 mil para não divulgar fotos nuas dela. Ele afirmou que a atriz também recebeu de quatro a cinco e-mails do chantagista durante duas semanas.
Ainda de acordo com o advogado, Carolina havia procurado a polícia antes da publicação das fotos, que orientou a não divulgar a chantagem e a responder aos e-mails para montar uma emboscada. Entretanto, o chantagista enviou as fotos para dois sites pornográficos na Inglaterra e nos Estados Unidos antes de cair na armadilha. A polícia irá investigar os crimes de extorsão, difamação e furto, pois a atriz foi vítima de chantagem, teve a privacidade invadida e as fotos furtadas de um arquivo pessoal do computador dela.
Kakay disse que os dois sites que começaram a divulgação das fotos íntimas da atriz já retiraram as publicações. Ele comprovou que Carolina não havia aprovado a liberação das imagens ao reunir a repercussão do caso na mídia. Ele também notificou o Google para bloquear a busca por essas fotos.
? Ao contrário do que muita gente pensa, este tipo de crime deixa rastros. Sem dúvida nenhuma vamos chegar ao culpado. O caso dela serve de apelo para uma regulamentação do uso de internet no Brasil.