As fotos íntimas da atriz Carolina Dieckmann, que vazaram na internet no dia 4 de maio, ?nunca? poderão ser completamente eliminadas da rede, segundo Thiago Tavares, presidente da Safernet, organização não governamental de defesa dos direitos humanos na rede. Tavares informou que as imagens tiveram 8 milhões de acessos nos cinco dias que sucederam o vazamento.
?Essas fotos já se perpetuaram na rede. Fizemos um levantamento que mediu a propagação em apenas um pedaço da internet, uma fatia da rede, que é a web?, contou Tavares, em entrevista ao G1. ?Além disso, as imagens estão salvas em centenas de milhares de HDs. Não tem mais como voltar a ser privado.?
A Safernet analisou as imagens resultadas por buscas da palavra ?Carolina Dieckmann? na pesquisa de imagens do Google. Na última terça-feira (8), a pesquisa trazia 1,5 milhão de fotos. Desse total, 50 mil eram cópias iguais ou modificadas das imagens vazadas do e-mail da atriz ?algumas delas traziam edições como uma tarja, um contraste diferente ou um novo corte.
O levantamento de organização também mostrou que essas fotos foram distribuídas em 211 domínios, 113 provedores e 23 países em todo o mundo. A maioria deles, diz Tavares, está nos Estados Unidos. ?São blogs e sites que são hospedados lá, mesmo que sejam feitos por brasileiros e mantidos aqui?, explica o presidente da organização.
Ainda de acordo com ele, os principais domínios a hospedar as imagens são as plataformas de blogs Blogspot e Wordpress, além de ferramentas de compartilhamento como o 4Share e o Rapidshare.