Em louvor das mulheres maduras
Em jovem, as mulheres maduras exerciam em mim, um fascínio quase hipnótico. Hoje, quase a cair de maduro, vejo-me a cobiçar corpos de jovens ninfas.
Teria os meus 16 ou 17 anos, era um verão quente e a vizinha do 3º andar, sem qualquer pudor, despia-se de roupa e de preconceitos. Era uma mulher gostosa, de formas bem proporcionadas que insistia em apreciar e medir no espelho do elevador, sempre que nos cruzávamos, à entrada ou saída do prédio.
Naquele dia, com a blusa mais aberta a deixar antever a pele bronzeada, lançou-me um ?Anda daí, quero mostrar-te uma coisa?. Segui-a, obediente. Mal a porta se fechou atrás de nós, senti-me a desfalecer. Fiquei à espera. Não esperei muito, até me presentear com um beijo. Nunca tinha sido beijado assim. Continuei imóvel, até ser conduzido na ponta dos pés, até ao quarto de casal, onde nos esperava uma cama desfeita. Consegui coragem para meter as mãos por dentro da blusa, agora toda aberta e agarrar-me ao seu corpo quente. Já na cama, debaixo do lençol, fechei os olhos para só sentir a minha cabeça entre os seus seios macios, enquanto os seus beijos percorriam os meus olhos fechados. Guiou-me para dentro dela e, uma vez lá dentro, apoderou-se de mim, uma tal sensação de poder que, quando me murmurou ao ouvido ?Acho que te podes mexer um bocadinho?, explodi numa felicidade imensa.
Nunca mais a vi, Maria. Nem no elevador, nem na cama. Mas ainda tenho comigo, o sabor daquele beijo.