William Waack se pronunciou pela primeira vez após vazamento do vídeo gravado em novembro de 2016 que gerou revolta entre os telespectadores e internautas, provocando, inclusive, sua demissão na Rede Globo.
Em um artigo enviado ao Jornal 'Folha de São Paulo', Waack escreveu:"Aquilo foi uma piada -idiota, como disse meu amigo Gil Moura-, sem a menor intenção racista, dita em tom de brincadeira, num momento particular".
O ex-apresentador do "Jornal da Globo" se desculpou. "Desculpem-me pela ofensa; não era minha intenção ofender qualquer pessoa, e aqui estendo sinceramente minha mão", disse, ao acrescentar que não 'separa' os amigos pela cor da pele.
"Não digo quais são meus amigos negros, pois não separo amigos segundo a cor da pele. Assim como não vou dizer quais são meus amigos judeus, ou católicos, ou muçulmanos. Igualmente não os distingo segundo a religião -ou pelo que dizem sobre política", revelou.
Em um dos trechos do texto, o jornalista alfineta sua antiga casa de trabalho, referindo se 'as empresas da chamada 'mídia tradicional'.
"Estes se mobilizam para contestar o papel até então inquestionável dos grupos de comunicação: guardiães dos fatos objetivos'".
O vídeo
Nas imagens, Waack está à frente da Casa Branca, nos Estados Unidos, ao lado de um comentarista, quando um carro começa a buzinar na rua. Irritado, o jornalista xingar.
"Tá buzinando por que, seu merda do cacete? Não vou nem falar, porque eu sei quem é... é preto. É coisa de preto!", diz no vídeo, o ex-âncora da Globo, rindo para o homem ao lado.