Considerado um dos maiores humoristas da atualidade, Tom Cavalcante garante que não é daqueles humoristas que hora ou outra fazem uma piada a cada frase, mas está longe de ser um cara mal-humorado. Durante entrevista para a revista "Quem", o cearense de 54 anos surpreendeu ao falar sobre família, saída da Record, planos para o futuro e início da carreira. “Está faltando humor nas pessoas”, adianta.
O marido de Patrícia, de 41, com quem tem Maria, de 16, também é pai de Ivete, de 28, e Ivens, de 27, de seu primeiro casamento, garante que não é ciumento. "Sou vigilante. Hoje o mundo enche os olhos deles de opções, tem que estar com o “não” na ponta da língua. Sou zeloso com a Maria. Os meus filhos mais velhos já sabem o caminho. Maria é nova, se depara com novidades. Levo e busco nas baladinhas, até ela criar marra e voar com a asinha dela", disse.
O humor, segundo Tom, seviu até na hora da paquera, como ele brinca: "Sou casado há 20 anos com a Patrícia e antes tive outro casamento. Sempre fui quieto, mas dava minhas saidinhas. Sabia tirar uma onda com as gatinhas. O humor funciona, é uma arma interessante...".
Sem citar detalhes, explica por qual motivo deixou a Record. "Senti a necessidade de dar uma pausa na carreira (em 2011). Já pensava nisso dois anos antes. Pretendia morar nos Estados Unidos. Fiquei fora do ar por quatro anos, dois deles em Los Angeles. Foi uma experiência muito válida", argumenta.
A emoção ao relembrar como tudo começou. "Saí do Ceará com 19 anos para conhecer o Chico Anysio no Rio e só consegui isso dez anos depois, em 1992. Aí já comecei a fazer a Escolinha do Professor Raimundo, como o João Canabrava", conta.
Humor na dose certa. "Acho que o humor não deve agredir ninguém. A função da comédia é fazer rir e aliviar. Mas está faltando humor nas pessoas. Quando isso acontece, é porque algo está errado, há sofrimento, raiva, algo que desestabiliza a todo”, afirma.