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'Sempre que conheço uma pessoa, imagino ela pelada', diz Geisy

Geisy esteve na mira do tráfico de seres humanos em Angola

Geisy Arruda é um dos mais carismáticos fenômenos da mídia brasileira. Prestes a completar 10 anos de carreira, construída na esteira de um infame episódio de preconceito e ignorância por parte de seus colegas de faculdade, deu uma saborosa entrevista para Lucas Maciel, o artista anteriormente conhecido como Lucas Selfie. As informações são do UOL.

Geisy recorda com riqueza de detalhes como tudo aconteceu. "Era um dia típico de sair da faculdade e ir para a balada. Aí já fui preparada. Peguei meu busão às 18h30 no ponto para ir para a faculdade. Por conta de horário, como a gente pegava condução, tinha que ir direto. Acabou a faculdade, já tem que pegar o último ônibus para a balada. Então já fui com a roupa, já fui pronta."

Imagem: Reprodução/YouTube"Nesse caminho, ainda ali no busão, as pessoas te olhavam estranho, falavam alguma coisa [sobre a roupa que estava usando]?", quis saber o ex-Selfie. "Era curto, óbvio, mas era o meu vestido. Talvez quando eu andasse ele subia, mas eu puxava. Era uma roupa normal. Eu peguei ônibus, andei mais 5 minutos até a faculdade, entrei e não tinha nada de errado com ele. Defendo ele sempre, era um vestido normal", respondeu Geisy.

"Subindo as rampas da faculdade, comecei a ver os caras assoviando, uns olhares mais fortes que o normal. A galera geralmente olhava, comentava, mas não chegava a assoviar. Eu pensei 'gente, eu devo estar arrasando, devo estar muito gata'. Até olhei para ver se não tava suja", continuou. "No intervalo, as pessoas não foram para os bares. Foram para a porta da sala. Falavam que eu tava transando na sala, cada um contava uma história. Todo mundo foi me olhar. Começaram a inventar um monte de mentira sobre mim. Começaram a querer ver quem era a pessoa. Alguém inventou uma mentira na faculdade e espalhou essa mentira. Quando chegou a polícia, todo mundo teve certeza que eu tava fazendo.

Sobre o vestidinho rosa que abalou o ensino superior nacional, Geisy garante que mantém muito bem guardado. "Ele tá guardado em um cofre. É patrimônio histórico. Há 5 anos fiz fotos com ele e depois guardei de novo. A gente procura ir lá uma vez por ano, dar uma lavada, higienizar para não criar mofo, mas nunca ninguém mexe. Paguei 50 reais. Era liquidação."

Na entrevista, conta também que aproveitou o súbito interesse causado pela exposição do caso para ir em busca da independência financeira. "Depois lancei uma coleção chamada Rosa Divino. Já é muito melhor, mais acinturado, bordadinho. É um pouco periguete..."

"Eu virei um símbolo de até onde a mulher é crucificada, até onde ela tem liberdade de usar uma roupa. Eu me considero muito feminista. Minha história de vida é uma bandeira levantada para a causa. A mulher tem a liberdade de usar a roupa que ela quiser, beber um álcool às 2 da tarde, não ser mãe, pagar suas contas".

A ex-estudante de Turismo diz também que recebeu alguns convites 'indecentes', que sempre foram negados. "Gente, já recebi uma proposta para fazer programa em Angola. Era em dólar. Era muito dólar, velho. Era tipo 100 mil dólares. Depois passou no Fantástico, isso era um trafico que levava meninas daqui para lá. Era um rei de lá, alguém de muita grana. Uma vez eu recebi [uma outra proposta] para ir para Dubai e ficar a disposição de um sheik. Eu e não sei mais quantas mulheres, ficar num harém. Não vou dividir um homem com 12 mulheres. Mais fácil eu pegar as 12 mulheres para mim."

Depois de passagens retumbantes por atrações televisivas como A Fazenda, Geisy Arruda agora escreve contos eróticos e também fala sobre sexo na internet. "Eu sempre quis ter um canal no YouTube. A gente faz o que quer e gasta pouco. Para [quem é] pobre, o YouTube é muito bom."

Sobre um suposto affair com Geraldo Luís, apresentador da Record, negou que tenha realmente existido. Mas aproveitou o ensejo para fazer uma revelação. "Eu sou curiosa, sempre que eu conheço uma pessoa eu imagino ela pelada. Às vezes é grande, a gente não pode julgar."