Promotores apresentaram Sean ‘Diddy’ Combs como um influente empresário musical, detentor de uma vasta fortuna e conexões, com capacidade de evasão. O objetivo dos promotores é mantê-lo detido até que ele seja julgado sob as acusações de extorsão e tráfico sexual.
oscilação da fortuna ao longo do tempo
Em documentos judiciais, foi mencionado que a mídia estima a fortuna de Combs em quase um bilhão de dólares. À medida que processos legais e denúncias criminais impactaram a sua reputação, seu portfólio de negócios também foi prejudicado. Anteriormente em posições de destaque como embaixador de marcas e presidente de uma plataforma de mídia, ele foi afastado dessas atividades.
Em junho, a Forbes avaliou seu patrimônio líquido em US$ 400 milhões, inferior aos US$ 740 milhões de 2019, resultado de uma queda na imagem pública que impulsionava seus negócios desde a década de 1990, época em que sua gravadora Bad Boy Entertainment o tornou um ícone de sucesso e luxo.
Há um ano, Diddy ainda geria uma vasta gama de negócios. Ele era fundador de uma gravadora, promotor de bebidas alcoólicas, presidente de uma empresa de mídia e executivo de uma marca de moda. Dessie Brown Jr., consultor de entretenimento, descreveu Diddy como um “profissional de marketing maior que a vida” e destacou a forma como o artista buscava ser uma figura inspiradora na indústria.
Diddy negou as acusações de abuso sexual e encerrou sua parceria com a Diageo em meio a disputas legais, além de vender sua participação na Revolt, empresa de mídia que fundou. Seu catálogo musical também sofreu desvalorização devido à deterioração de sua reputação. Seus advogados recorreram da decisão judicial que determinou sua prisão preventiva, argumentando que ele não representa risco de fuga e chamando os mais de 20 processos civis como tentativas de obter compensações financeiras de uma figura pública rica.
A fortuna de Combs é objeto de especulação, especialmente por sua diversidade de investimentos e interesses. A maior parte de seu patrimônio advém da longa parceria com a Diageo, incluindo a aquisição da marca de tequila DeLeón, cuja promoção ele liderou nas redes sociais e em clipes musicais. Contudo, disputas legais sobre essa representação foram intensificadas por acusações de Cassie, ex-namorada e contratada da sua gravadora, sobre abuso físico e sexual, levando a mais processos judiciais. Em janeiro, a disputa foi resolvida com a venda de sua participação na DeLeón, avaliada em aproximadamente US$ 200 milhões.