Para quem tem o sonho de se tornar milionário através do “BBB”, esqueça. O prêmio de R$ 1,5 milhão já não vale tanto quanto já valeu um dia.
Como o programa não tem reajuste desde o “BBB 10”, a premiação sofreu com a inflação dos últimos sete anos, como informa Daniel Castro. Dessa forma, o poder de compra de R$ 1,5 milhão hoje equivale a pouco mais de R$ 967 mil.
É o que diz Agostinho Pascalicchio, professor de economia da Universidade Mackenzie. “A inflação é medida com base numa cesta de mercadorias padrão e mostra o quanto o real perdeu de seu poder de compra. Ou seja, com o mesmo dinheiro de 2010, hoje você compra muito menos”, declara. Confira uma tabela abaixo que mostra o poder de compra do vencedor:
Marcelo Dourado (“BBB”10): R$1.500.000,00
Maria Melilo (2011): R$1.400.298,00
Fael Cordeiro (2012): R$1.332.385,00
Fernanda Keulla (2013): R$1.251.000,00
Vanessa Mesquita (2014): R$1.177.000,00
Cézar Lima (2015): R$1.088.000,00
Munik (2016): R$ 995.817,56
? (2017): R$ 967.367,47
Como a inflação acumulada de março de 2010 até dezembro de 2016 é de 55,06%, o prêmio do “BBB” perdeu mais de R$ 530 mil de seu poder de compra, e poderá cair ainda mais até a entrega. “É algo natural, já que não foram inclusas no cálculo as inflações de janeiro, fevereiro e março deste ano”, explica o professor.
Além disso, se os valores dos prêmios fossem corrigidos para os dias de hoje, este seria um dos cinco piores prêmios dos 17 anos de reality (lembrando que no começo o valor era de R$500 mil). Perderia apenas para Kléber Bambam (“BBB” 1), Rodrigo Cowboy (“BBB” 2), Dhomini Ferreira (“BBB” 3) e Cida Santos (“BBB 4”).
O maior prêmio seria o de Marcelo Dourado, de 2010. Reajustado, seu prêmio chega a R$ 2.325.900 hoje. “Foram anos em que a inflação teve índices maiores. Em 2002 e 2015, por exemplo, ela ultrapassou a taxa de 10% ao ano”, comenta Panzarin sobre as desvalorizações.