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Pedro Cardoso desabafa sobre pornografia disfarçada no cinema e TV

Para ele, é praticada por todos os grandes veículos de comunicação

Pedro Cardoso, mais conhecido na TV por ter interpretado o divertido personagem Agostinho Carrara - do remake da série A Grande Família tem um posicionamento firme contra a nudez em novelas e filmes brasileiros. Afastado da Rede Globo desde o final da atração, o ator chegou a fazer um manifesto contra a pornografia na TV e no cinema.

Em 2008, Esse manifesto causou controvérsia no meio artístico. O ator fez uma leitura de seu conteúdo antes de uma sessão do filme Todo Mundo Tem Problemas Sexuais, de Domingos de Oliveira (do qual foi produtor) no Festival do Rio. O discurso recebeu inúmeras críticas. Uns apontaram moralismo do ator. Outros ainda relacionaram o manifesto ao filme Feliz Natal, dirigido por Selton Mello, no qual a atriz Graziella Moretto (à época apontada como namorada do ator) tem uma cena de nudez.

Semanas antes da leitura desse manifesto polêmico, o ator abordou a questão em uma entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, apresentado pela jornalista Leda Nagle. Durante a conversa, Cardoso faz críticas ao que chama de "pornografia disfarçada" que, segundo ele, é praticada por todos os grandes veículos de comunicação e entretenimento brasileiros.

Pedro Cardoso (Crédito: Reprodução)
Pedro Cardoso (Crédito: Reprodução)

Para o ator, visando lucro, as empresas de comunicação em massa fazem uso disfarçado da pornografia, tornando esta a "expressão oficial do Brasil". Em um dos trechos da entrevista, Cardoso se explica:

"Eu nada tenho contra a pornografia, ela mesma. Eu tenho contra a pornografia disfarçada de um comportamento natura, que não é verdade. Na novela, que eu vi outro dia, tinha uma atriz fazendo uma cena totalmente absurda. Ela estava meramente tomando um banho. Não há nenhuma dramaturgia passando por ali. Aquilo é mera exposição do corpo dela para cativar uma audiência."

Em outro, pontua:

“A pornografia está tão dissimulada em nossa cultura que não a reconhecemos como tal. Hoje qualquer diretor, medíocre ou não, se acha no direito de determinar que uma atriz possa ficar pelada numa cena ou parcialmente despida.”