Paolla Oliveira |
Foto: Reprodução/ Instagram
Desde há algum tempo, Paolla Oliveira aborda o tema da pressão enfrentada por mulheres para engravidar, além das críticas constantes relacionadas à sua aparência. A pauta voltou a ser discutida na segunda-feira (5/5), quando a atriz concedeu uma entrevista.
Durante sua participação no programa Roda Viva
A atriz relatou as cobranças que recebe sobre maternidade: “Não tenho mais vergonha. Eu inventava respostas e você vai achando que o problema é você. Então, não tenho mais vergonha. Acho maternidade uma coisa tão linda, grandiosa e especial, que tem que ser uma decisão de ter, de não ter, de escolher ter dúvidas, de ter depois, como eu, que congelei óvulos”, revelou.
No mesmo diálogo, Paolla mencionou suas decisões: “Dei a possibilidade de escolha, que nem todas têm. Acho uma dureza. A gente achar que a vida da mulher é menor, menos importante, por ela não ter um filho”, disse, antes de acrescentar:
A mulher está condicionada à reprodução ou não. Acho muito injusto e vi que os números são grandes: quase 40% optam por isso. É uma escolha genuína e quero que outras mulheres tenham a escolha que eu tenho.
Ela também relatou ter deixado de participar de um trabalho por não ser mãe: “Mulheres me paravam na rua: ‘Achava que eu era estranha’. Já fui julgada de ser insensível, amarga, menos mulher, menos familiar. Teve uma publicidade que acharam melhor não me escolher porque eu ‘era menos família’”, contou.
E seguiu com o relato: “Me sentia muito à parte, estranha, quando falava sobre isso. Que bom que a gente pode rever isso e sobre nossas escolhas, porque é uma escolha da mulher”, declarou.
Referindo-se às críticas relacionadas à sua aparência, a atriz comentou: “Você precisa se sentir bem e se sentir bem sendo imperfeita. Isso tem muito a ver com beleza real, isso não tem a ver com não me cuidar. E eu tento existir com o mínimo de coerência. ‘Agora ela emagreceu’, ‘agora ela envelheceu’, essa patrulha está ativa. Quem julga fala mais sobre eles do que qualquer coisa”, opinou.
Logo depois, ela acrescentou: “Acho que a gente também não se pode pautar por isso, o que a gente faz ser verdadeira. Nunca falei que não ia me cuidar, que não ia usar benefício da medicina e da estética ao meu favor. Eu sempre fui julgada por ser gorda, ter celulite, por ter ancas largas, e a gente não pode perder o controle mas, de maneira nenhuma, não usar por causa de uma patrulha ou de outra”, declarou.