Oruam fala pela primeira vez após segunda prisão e pede desculpas: “Tenho medo”

Oruam foi detido na manhã do dia 26 de março | Foto: Reprodução/Instagram/SBT

O rapper Oruam se manifestou nesta quarta-feira (26) após ser detido novamente, acusado de abrigar um foragido da Justiça em sua mansão no Joá, zona oeste do Rio de Janeiro. Depois de ser solto, ele usou as redes sociais para lamentar o ocorrido e expressar seus sentimentos sobre a nova prisão.

O que ele disse?

Tenho medo de decepcionar Deus, meu pai, minha mãe, meus fãs, meus amigos e todos que gostam de mim. Minhas atitudes me trouxeram grandes inimigos, minhas vitórias me encheram de ego e na derrota lembrei da humildade. Peço desculpas só aos meus fãs e à minha família que, hoje, eu os decepcionei

O artista negou que Yuri Pereira Gonçalves, apontado como traficante, estivesse envolvido com o crime. Após assinar um termo circunstanciado, ele deixou a Cidade da Polícia acompanhado de seus advogados. Em entrevista à imprensa na saída, declarou:

“Eu não disse nada [para a polícia]. Ele não é traficante, é uma pessoa normal e é meu amigo. Eu não sabia que ele estava foragido”.

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Investigação e mandados de busca

Na manhã do mesmo dia, agentes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) cumpriram mandados de busca e apreensão contra o cantor e sua mãe, Márcia Nepomuceno, expedidos pela Justiça de Santa Isabel (SP). Oruam não tinha um mandado de prisão relacionado a esse inquérito.

De acordo com as investigações, ele teria feito um disparo dentro de um condomínio em Igaratá, no dia 16 de dezembro, levando a Justiça a determinar a busca da arma utilizada. Durante a operação, a polícia apreendeu uma pistola 9 mm, armamentos de airsoft, simulacros e joias. Na residência de Márcia, celulares foram recolhidos.

“Oruam estava em uma casa em SP, com diversas pessoas, em uma espécie de festa. Instigado por outros, pegou uma arma calibre 12 e realizou um disparo”, afirmou o delegado responsável pelo caso.

O cantor, cujo nome de registro é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, é filho de Marcinho VP, apontado pelo Ministério Público como um dos líderes do Comando Vermelho. Ele também possui uma tatuagem em homenagem ao pai e a Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.