Abdul Fares, o noivo bilionário de Marina Ruy Barbosa, está movendo ação judicial para interditar o próprio pai Jamel, que é um dos sócios-fundadores da rede de varejo Marabraz, que conta com 120 lojas de móveis.
Segundo a colunista Eliane Trindade, da Folha, o processo corre em segredo de Justiça na comarca de Simões Filho (BA) e foi descoberto pelo patriarca por acaso, durante busca ativa que a assessoria jurídica do grupo faz rotineiramente.
Fares alega que Jamel apresenta vários problemas de saúde, como depressão profunda, cardiopatia grave, dependência química de medicamentos controlados e um quadro de agressividade, atestados por relatórios psiquiátricos e neurológicos.
Surpreendido com as alegações, o patriarca contratou o escritório Warde Advogados para questionar a ação e o foro no município baiano, em petição de 5 de dezembro, na qual acusa o filho de crime de falsidade ideológica e o qualifica de "ingrato e parasita".
A ação de interdição, acompanhada do pedido de internação do pai, é mais um capítulo de uma batalha judicial iniciada quando o patriarca, junto com seu irmão Nasser Fares, atual administrador do grupo Marabraz, entrou com um processo cível na Justiça de São Paulo para reaver ações da holding da família que estão em nome dos seis herdeiros.
O imbróglio ocasionou em uma queixa-crime contra Abdul. "Nada mais doloroso para um pai do que se ver na obrigação de processar criminalmente o próprio filho", diz a notícia-crime protocolada nesta terça-feira (10) no 2° Distrito Policial de Barueri (SP).
"Abdul vem lançando mão de meios manifestamente criminosos e fraudulentos para tentar interditar e internar seu pai", alegam os advogados do empresário de origem libanesa.
Na queixa-crime, a defesa de Jamel diz que Abdul gastou pelo menos R$ 22,5 milhões com recursos que pertencem às empresas da família nos últimos dois anos e meio. Os valores envolvem viagens de jatinho, compra de helicópteros e diamantes milionários para presentear a atriz.
Caso seja comprovado que cometeu falsidade ideológica para manipular a jurisdição do processo de interdição e usou informações e documentos falsos, Abdul poderá ser condenado a pena de 1 a 5 anos de reclusão e multa.
A primeira medida legal do patriarca foi questionar o foro da Comarca de Simões Filho, onde foi ajuizada a ação de interdição, "amparada por documentos forjados".
"É sem precedentes um filho ajuizar contra um pai ação de interdição na comarca de uma cidade em que nenhum dos dois nunca pisou os pés’’, escreve o advogado na petição endereçada ao juiz da 2ª Vara dos Feitos de Consumo, Cíveis, Comerciais e Acidentes do Trabalho do Foro da Comarca de Simões Filho.
Pai e filho residem em condomínios de luxo em Alphaville, em Barueri (SP), a 40 minutos da capital paulista.
Caso seja comprovado que cometeu falsidade ideológica para manipular a jurisdição do processo de interdição e usou informações e documentos falsos, Abdul poderá ser condenado a penas de 1 a 5 anos de reclusão e multa.