A Justiça de São Paulo absolveu a modelo Najila Trindade e o ex-marido dela, o também modelo Estivens Alves, da acusação de fraude processual no caso Neymar. Os dois foram processados pelo Ministério Público (MP) após Najila ter acusado o jogador de futebol de estupro e agressão durante encontro em Paris, na França, em 15 de maio de 2019.
Estivens também foi absolvido da acusação de crime de divulgação de conteúdo erótico por ter exibido imagens da ex-mulher em troca de publicações a respeito dele na internet.
A decisão é da juíza Ana Lucia Fernandes Queiroga, da 31ª Vara Criminal do Fórum da Barra Funda, na Zona Oeste da capital paulista, e foi dada na terça-feira (17).
Em setembro do ano passado, a Justiça já havia rejeitado a acusação do Ministério Público por denunciação caluniosa e extorsão contra Najila. Tanto Najila quanto Estivens haviam se tornado réus por fraude processual porque, no entendimento da Justiça, eles dificultaram as investigações da Polícia Civil de São Paulo.
Os dois teriam, por exemplo, atrapalhado as apurações sobre os supostos: estupro, agressão e arrombamento do apartamento da modelo, de onde teria sido furtado um tablet com vídeos da violência sexual que Neymar teria cometido contra ela.
O advogado de Najila, Cosme Araújo, disse nesta quinta-feira (19) que foi "feita Justiça". A reportagem não encontrou os advogados de Estivens para comentarem o assunto.
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Denunciação caluniosa e extorsão
Najila também chegou a ser acusada antes por denunciação caluniosa por ter acusado o camisa 10 da seleção e do Paris Saint-Germain por estupro e agressão, mas esse inquérito policial sobre o crime sexual contra Neymar foi arquivado.
A acusação de denunciação caluniosa contra Najila também não foi aceita pela Justiça, que entendeu ainda que a modelo não cometeu extorsão, quando seu ex-advogado José Edgar se encontrou com os representantes de Neymar para conversar sobre o caso do suposto estupro e informar que poderia entrar com um processo.
Segundo a Justiça, recorrer ao poder judiciário era um direito da modelo.
Estupro
A investigação sobre o suposto estupro do camisa 10 da seleção brasileira e do Paris Saint Germain contra Najila foi arquivada em julho de 2019 pela Justiça, depois de a Polícia Civil decidir não indiciar o atleta pelo crime sexual. De acordo com a investigação, depoimentos e provas apresentados pela modelo apresentavam "incongruências".