MP-SP pede investigação sobre denúncia de abuso contra Otávio Mesquita |
Foto: Reprodução/Instagram
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) solicitou à Polícia Civil a abertura de um inquérito para apurar uma denúncia de estupro contra o apresentador Otávio Mesquita. A acusação foi feita pela comediante Juliana de Oliveira, ex-assistente de palco do programa The Noite, do SBT. Segundo ela, o episódio ocorreu durante uma gravação do programa em 25 de abril de 2016.
A promotora Priscila Longarini Alves, da Promotoria de Justiça Criminal de Osasco, destacou em seu pedido que “existem elementos que necessitam de maior investigação quanto à prática de eventual infração contra a dignidade sexual”.
O que diz a denúncia
De acordo com o relato apresentado ao MP-SP, Juliana alega que foi agarrada por Mesquita durante a gravação e que ele posicionou sua genitália próximo ao rosto dela, além de apalpar seus seios e nádegas. A comediante afirma ter tentado se desvencilhar. O caso teria ocorrido diante de uma plateia com mais de cem pessoas e teve ampla repercussão nas redes sociais.
Os advogados Hédio Silva Jr. e Silvia Souza, que representam Juliana, afirmam que a denúncia se enquadra na legislação penal que considera estupro qualquer ato libidinoso cometido com violência, mesmo sem penetração.
Nas redes sociais, Juliana comentou a decisão de tornar o caso público: “Não foi fácil! Tornar pública a minha dor e buscar justiça foi uma decisão difícil”. Ela afirmou que, no momento, não pretende dar mais declarações sobre o caso, mas que, no futuro, pode se manifestar para incentivar outras mulheres a denunciarem abusos.
Defesa de Otávio Mesquita
O apresentador negou as acusações e classificou a denúncia como “caluniosa”. Segundo ele, a cena foi “combinada com o elenco do programa” e, em quase dez anos, nunca houve qualquer reclamação sobre o episódio.
“Esse programa foi ao ar há quase 10 anos. E, nesse período todo, não houve nenhum registro de desagravo ou reclamação”, afirmou Mesquita.
Ele também mencionou que sua ex-mulher e seu filho estavam na plateia no dia da gravação e que não faria algo inapropriado diante deles. Apesar disso, reconheceu que a “brincadeira pode ter sido indevida”.
“Sinto muito, se exagerei na brincadeira. Agora, vendo o vídeo com o olhar dos tempos atuais, sei que não repetiria isso”, declarou.
O apresentador disse ainda que tomará medidas legais para defender sua honra e a de sua família.
Investigação
Agora, caberá à Polícia Civil decidir se acata o pedido do Ministério Público e dá início a uma investigação formal sobre o caso.
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