Nesta quarta-feira, dia 02 de março, faz exatos 20 anos da morte do grupo Mamonas Assassinas, considerado um dos maiores nomes da música brasileira nos anos 90. Com músicas escrachadas e cômicas como 'Pelados em Santos', 'Vira-Vira' e 'Robocop Gay', a banda composta por Dinho, Bento, Júlio, Sérgio e Samuel,. alcançou rapidamente o sucesso.
Os familiares, assim como milhares de fãs, aprenderam a lidar com a ausência dos artistas que continuam vivos na memória de todos. Célia Alves, de 62 anos, mãe de Dinho, se emocionou ao relembrar a morte dele e dos colegas que, para ela, também eram como filhos. “Eles vieram trazer alegria, e a gente teve que aprender a conviver com isso. Separar a tristeza da alegria, que não é fácil”, disse, bastante abalada.
"O mesmo Deus que permitiu a eles fazerem aquele sucesso todo olhou para eles e disse: ‘Meninos, vocês são bons, só que chegou o tempo. Olha, venham todos vocês. E levou. A gente não vai discutir com Deus. Deus é Deus e a gente é ser humano”, acrescentou ao relembrar os difíceis momentos de espera naquela noite de 1996.
Ao lado do marido, Hidelbrando Alves, e da namorada do filho, Valéria Zopello, ela relata o momento de espera no Aeroporto de Cumbica, no dia do acidente. “Pensei: ‘Poxa vida, esse avião vai descer com esse tempo?’, disse. Falei: ‘Ah, vou tirar esse pensamento da cabeça. Isso não é bom’. Pedia a Deus que ele chegasse bem.”
Preocupada, pediu informações e viveu ali o momento mais difícil de sua vida: a perda do filho. Ela conta que um funcionário veio com a informação mais temida. “Disse: ‘Perdemos o avião’. Eu respondi: ‘Como? Se perde uma agulha, um avião não’”, disse Célia.
Naquele dia e na semana seguinte, milhões de fãs choraram o fim da banda, que havia estourado em 1995 e vendeu, em nove meses apenas, mais de 1,2 milhão de discos