Marina Ruy Barbosa se envolveu em uma grande polêmica após ser escolhida para ser garota-propaganda de uma marca que trouxe o primeiro papel higiênico preto ao Brasil.
A campanha publicitária mostra a mulher de Xandinho Negrão 'vestida' apenas com o papel higiênico, e foi fotografada por Bob Wolfenson, nome consagrado na moda. O jornal Agora São Paulo revelou que a atriz ganhou R$ 800 mil para estrelar a campanha.
Alguns internautas criticaram o uso da hashtag "BlackisBeautiful" e acusaram a marca de papel higiênico de se apropriar de uma expressão usada por miliantes negros durante a luta dos direitos civis nos anos 60.
A crítica partiu do escritor Anderson França, o Dinho, que publicou um texto sobre a campanha em seu perfil no Facebook. "Numa atitude racista e irresponsável, consciente e deliberada, (a Santher) decidiu que essa expressão deve remeter a papel higiênico, cuja função qualquer pessoa conhece", escreveu. Ele ainda classificou o episódio como "um dos mais graves ataques racistas praticados por uma empresa brasileira".
Marina Ruy Barbosa usou suas redes sociais para pedir desculpas aos internautas que se sentiram ofendidos e consideraram a campanha de lançamento do produto racista.
A atriz se disse triste com a repercussão negativa e certa de que a marca nunca teve a intenção de "seguir por este caminho polêmico e desrespeitar qualquer tipo de pessoa".
"Lamento profundamente que algumas pessoas tenham interpretado o trabalho publicitário da Santher (fabricante da Personal) de forma diferente do que foi idealizado", escreveu.
"Independente de tudo isso, eu lamento muito, de verdade, e peço desculpas às pessoas que sentiram afetadas", acrescentou.