
Mariana Xavier, 44, revelou que enfrentou um quadro de depressão em 2024, após um período de esgotamento profissional. Em entrevista ao jornal O Globo, a atriz descreveu o segundo semestre do ano passado como “caótico”, apesar do sucesso na carreira.
“Tive um esgotamento profissional que me levou à depressão. Já trato ansiedade há muitos anos”, afirmou.
Segundo ela, um dos sinais foi a falta de entusiasmo mesmo diante de conquistas importantes.
“É desesperador ver coisas incríveis acontecendo na sua vida e você não conseguir se empolgar. Faltava energia, não tinha vontade de nada, e até meu paladar ficou alterado. Era como se minha tomada de prazer tivesse sido desconectada.”
Ajuda médica
Diante dos sintomas, procurou ajuda médica e iniciou o tratamento rapidamente.
“Fui direto ao psiquiatra, voltamos com o tratamento medicamentoso de ansiedade e continuei a terapia, que nunca interrompi. Tomei uma atitude que reconheço ser um grande privilégio: desacelerei no trabalho. Muitas pessoas não podem fazer isso.”
A melhora veio ao longo de quatro meses. “Em setembro percebi o problema, e setembro e outubro foram meses bem ruins. Em novembro, comecei a sentir minha alma voltando, e em dezembro já me sentia plena novamente”, contou. Agora, após o Carnaval, retorna aos palcos com a peça Antes do Ano que Vem, que aborda questões de saúde mental.
Busca por representatividade nos papéis
Além de tratar publicamente sobre saúde mental, a atriz também reflete sobre os desafios profissionais relacionados à representatividade na dramaturgia. Ela luta para conquistar personagens condizentes com sua idade e que não estejam atrelados apenas ao seu corpo.
“Muitas pessoas ainda me veem como alguém muito jovem, quase adolescente, mas já vou fazer 45 anos. Há tempos faço campanha para ser vista como atriz além do meu tipo físico, para que meus personagens não sejam sempre atrelados à questão de ser gorda. Tenho lutado também para interpretar mulheres da minha faixa etária. As pessoas não me chamam para papéis de 40 anos, mas, ao mesmo tempo, eu já não consigo me encaixar em personagens de 20”, destacou.
A atriz também questionou os estereótipos sobre mulheres na faixa dos 40 anos.
“Qual é o imaginário que as pessoas têm para acharem que eu não tenho cara para essa idade? Isso revela o preconceito enraizado na nossa cultura. Muitos pensam que, aos 40, uma mulher já está cheia de rugas, com cabelos brancos, menos ativa ou alegre. Ela não poderia se vestir de forma descontraída ou sensual. Esses estereótipos aparecem sem que as pessoas percebam, mas acho que a maioria não faz isso de propósito.”
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