O cantor Mano Brown, líder do grupo Racionais Mcs, foi liberado por volta das 21h desta segunda-feira (6) após ser preso por tentar furar uma blitz na zona sul de São Paulo. Ele prestou depoimento e foi liberado após assinar um Termo Circunstanciado de Ocorrência.
O rapper não conversou com os jornalistas que dividiam espaço com vários fãs e amigos na porta da delegacia.
De acordo com o delegado Olívio, do 37º DP (Campo Limpo), Brown estaria com o licenciamento do carro e sua habilitação vencidos e, ao ver a blitz, tentou passar sem parar. Ao ser abordado por policiais, os teria ofendido.
O advogado do cantor, Raphael Ornaghe, conversou com os jornalistas e nega que ele tenha sido violento com os policiais. "Eles pediram para que Brown colocasse a mão sobre o capô, colocaram os braços dele para trás, ele pediu calma aos policiais. Ele foi algemado e jogado ao chão e temos provas que mostram isso. Essas provas serão juntadas posteriormente aos autos", declarou ele.
Por volta das 19h50, o secretário municipal de Direitos Humanos, Eduardo Suplicy, chegou ao local para intervir no caso e conversar com o artista. O secretário, que já declarou diversas vezes que é fã da música do rapper paulistano, afirmou que Brown recebeu um mata leão e foi ofendido por um "forte policial".
Em sua página no Facebook, Suplicy conta que Brown estava indo à farmácia comprar um remédio para sua mãe e que, ao ser parado pelo batalhão, o rapper pediu para não tocarem nele. "Um forte policial deu-lhe um mata leão e o derrubou no chão. Diversos passaram a ofende-lo", relatou o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania por São Paulo. "O fato de o exame de saúde da carteira de habilitação estar vencido não justificava aquele procedimento".
Perseguição
Segundo o jornal "Brasil Urgente", da Band, o rapper teria dito que era "perseguido" pela polícia e teria se recusado a ir para a delegacia.
O delegado disse ainda que serão ouvidos tanto o cantor quanto os policiais e que será feito um termo circunstanciado. Em seguida, Brown será liberado. Não há fiança nem será registrada ocorrência, disse Olívio.