Aos 46 anos, Luiza Ambiel está de volta à banheira. Mas agora ela é a dona e não fica só catando sabonetes. Para quem não sabe, a atriz foi musa e titular da “Banheira do Gugu” durante cinco anos. “Com essa volta aí aos anos 90, vi que um monte de gente estava reeditando o quadro e falando sobre. Eu mesma fui convidada a voltar a um quadro pelas mãos do próprio Gugu. Mas já não tem sentido. Então, decidi fazer a minha”, justifica.
A bordo de maiôs mais comportados que os biquininhos que usava nas tardes de domingo, Ambiel grava semanalmente com um convidado na banheira de um motel, em São Paulo. “Queria levar gente interessante, fazer perguntas inusitadas. Quando a Nubia Oliver foi, perguntei na lata se ela já tinha cabelo branco lá nas partes íntimas”, diverte-se.
“Na banheira com Luiza Ambiel” “passa” dois dias na semana no Youtube. Animada, ela já tem quase 80 mil inscritos e não perdeu a mão na hora de travar seus convidados na luta pelo sabonete. Sim, isso ainda tem. “Quando me chamaram pra fazer o quadro no SBT, era para ser tipo uma luta no gel. E a gente esperava uma tarde inteira para fazer. Quando a audiência começava a cair é que eu entrava. E parecia saída de uma jaula, né? Ia com tudo para cima dos convidados. Saía muito roxa, cheia de hematomas”, recorda.
Luiza vê muitas diferenças entre a banheira do passado e a sua. A começar pelo próprio corpo. “Outro dia um cara me chamou de baleia. Sério? Alguém acha que a gente, aos 40 e poucos vai ter o mesmo corpo de 20? Eu nem comia naquela época! Fumava muito para emagrecer. Era uma ditadura”, avalia Ambiel, que hoje alterna alimentação saudável e gordices sem culpa.
Preconceito até hoje
O fato de ter sido uma das mulheres mais desejadas do país nos anos 90 era dewsconhecido por sua filha, de 11 anos. Ela acabou descobrindo que a mãe foi musa na escola. “Uns coleguinhas andaram fazendo bullying com ela, falçando mal de mim. Sentei e conversei, contei qual era meu trabalho na época, falei das capas de revista em que posei nua. Ela encarou numa boa. Mas é o que digo, a maldade vem da cabeça dos pais. Porque eles, sim, eram dessa geração”, diz.
Ela diz ainda que na época não era comum ser assediada. “Hoje acontece até mais por conta das redes sociais”, observa: “Mas recebi, não diretamente, porque tudo passava pelo meu irmão. Me ofereceram R$ 50 mil por uma noite. Era para sair com o irmão de um político famoso. Era dinheiro a beça. Mas não topei”.