A cantora Ludmilla falou pela primeira vez em entrevista, sobre os episódios de injúria racial que vem sofrendo.
Ludmilla pediu respeito e mais amor as pessoas: “Eu queria passar essa mensagem, para as pessoas terem mais amor no coração, amar mais o próximo, respeitar o espaço alheio, respeitar as opiniões, respeitar apenas isso”.
A funkeira foi chamada de “criola nojenta” nas redes pelo empresário Helder Santos que foi identificado: “Chorei na hora que li. Veio emoção, tudo junto, tristeza, raiva, uma vontade da fazer alguma coisa naquela hora, mas não dava, porque eu estava dentro do avião, no dia seguinte a primeira coisa que fiz foi ir a delegacia”.
Ela ainda revelou que já era xingada por ele anteriormente: “Essa criola nojenta, tem que ficar comendo banana, não tem que ficar em programa de televisão não”.
Nas redes sociais, Helder procurou se desculpar, dizendo que não é racista e que errou na escolha das palavras. Apesar disso, Ludmilla disse que não vai perdoar o homem:
“Eu não. Joga um copo de vidro no chão. Ele vai quebrar. Pede desculpa para o copo para ver se ele vai montar de novo? Não vai. Então ele vai pagar pelo o que ele fez. E não quero nem contato com essa pessoa”, disparou a cantora que atualmente também vem processando Val Marchiori por suposto racismo sofrido durante as transmissões do Carnaval deste ano.
Na terça, o delegado Alessandro Thiers, da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, informou que o autor das ofensas pode pegar até 4 anos de prisão e que ele ainda responde por um processo de tentativa de homicidio.
Como forma de solidariedade a Ludmilla, as cantoras Claudia Leitte, Sandra de Sá, Gaby Amarantos e Paula Fernandes, representantes de diferentes estilos musicais, se reuniram para interpretar juntas um dos ícones da música negra popular brasileira, "Olhos Coloridos".