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Linn da Quebrada relembra primeira internação: "Fui involuntariamente"

Em março deste ano, após ser vista caminhando pelas ruas da cidade de São Paulo, ela precisou ser levada para uma internação

Linn da Quebrada compartilhou, de forma aberta, as etapas que enfrentou durante o tratamento para a depressão e o período de desintoxicação pelo qual passou. Em março deste ano, após ser vista caminhando pelas ruas da cidade de São Paulo, ela precisou ser levada para uma internação. Conhecida por sua participação no BBB22 exibido pela TV Globo, a artista contou, em entrevista, que vivia um momento de forte instabilidade emocional.

o que ela disse?

Linn da Quebrada contou que passou por duas internações num intervalo de menos de doze meses. A primeira aconteceu em abril de 2024, de forma involuntária. "Não foi, de pronto, uma decisão minha, mas eu aceitei. Porque eu não aceitava que estava adoecida. Não entendia o que era depressão", relatou. Na segunda ocasião, apesar da visibilidade do caso, disse ter se sentido amparada e cercada de carinho pelas pessoas ao seu redor.

Durante a conversa, em determinado momento, abriu o caderno onde costuma escrever para si mesma e leu algumas anotações feitas ao longo do processo de tratamento. "Se eu não cuidar dos meus vazios emocionais, eles vão me comer viva. Se hoje eu decido ficar e permanecer em casa, sóbria, lúcida, limpa, é por amor." As palavras escritas por ela revelam como tem lidado com sua saúde emocional, apontando que sua permanência em casa e em sobriedade é resultado de uma escolha feita diariamente, com base em vínculos afetivos e atenção a si mesma.

A artista falou ao Fastastico neste domingo (11/05) sobre o periodo em que antecedeu a sua internação, momento no qual ela estava andando na Cracolândia, ao falar sobre a situação Linn não entende a repercussão e questiona: "Qual o problema daquele vídeo? eu estava sim em situação de vulnerabilidade, e se eu estivesse na Cracolândia, eu não merecia mais amor?"

ela participou do canal da drag queen Bianca DellaFancy

 No domingo (11/5), durante uma conversa com a drag queen Bianca DellaFancy, ela descreveu o caminho percorrido para retomar sua rotina profissional. "Me internei, mais que fui internada: me internei. Foi um momento muito bom (…) Foi um processo intenso", disse, relembrando a decisão de buscar ajuda.

Ela relatou que esse período foi desencadeado por uma combinação entre depressão e uma possível condição de bipolaridade. Segundo ela, o uso de antidepressivos acabou intensificando os sintomas, o que levou a uma crise. “Aliada à minha depressão, eu entrei num processo de mania. Tava tomando antidepressivos e, dentro do meu processo, a gente entendeu que talvez eu tenha bipolaridade, e entrei num desequilíbrio”.

Foi a partir dessa crise que, de acordo com Linn, o consumo de substâncias passou a fazer parte da sua realidade. Ela mencionou que esse comportamento não foi inédito e refletiu sobre como esse tipo de situação afeta pessoas da sua comunidade. “Entrei num processo de uso abusivo de substâncias, nisso foi preciso que eu me cuidasse. Não foi a primeira vez que fiz uso abusivo de substâncias. É um processo bem delicado de compreender. Nós sabemos como, muitas vezes, nossa comunidade é atravessada pelo uso de substâncias”, pontuou.

Durante a mesma entrevista, publicada no YouTube, ela também comentou pela primeira vez sobre o vídeo que circulou nas redes sociais, no qual aparecia nas ruas acompanhada de um homem cuja identidade não foi revelada. Segundo ela, no momento em que as imagens começaram a repercutir, já estava sob cuidados médicos. “A exposição do vídeo me deixou muito vulnerabilizada, mas não me pegou porque eu já estava internada. Recebi muito mais amor do que qualquer outra coisa. Fui muito acolhida”, afirmou.

Quando perguntada sobre o que sentia naquele instante, ela disse que enfrentava uma instabilidade mental. “Sobre aquele momento, não tenho muito o que falar. Foi um momento de desequilíbrio psíquico, mental, psicológico”, declarou.

Ela contou ainda que se afastava de si mesma e das pessoas próximas, inclusive daquelas que desejavam seu bem-estar. “Eu estava alienada de mim mesma, fugindo de mim, das pessoas que queriam que eu ficasse bem, fugindo de casa. Estava querendo afundar cada vez mais. Até que chegou o momento que as pessoas conseguiram me resgatar, me convencer que era preciso ser internada e aí passo por um momento de desintoxicação”, completou.


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