A ministra Maria Isabel Galloti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou o agravo em que Antonia Fontenelle pede o reconhecimento como herdeira do diretor Marcos Paulo (1951-2012), morto após uma embolia pulmonar. A informação foi confirmada pelo advogado da atriz e apresentadora, Carlos Sanseverino.
"É isso mesmo, a informação procede. No primeiro despacho da ministra, não tivemos uma decisão favorável e vamos recorrer", avisou ele, em contato com a reportagem, por telefone, nesta segunda-feira (4).
Horas depois da decisão, Antonia Fontenelle fez um desabafo, em vídeo publicado no Instagram, no qual admite a derrota parcial e fala sobre o sentimento de "perseguição".
"A ministra não me reconheceu como herdeira, mas vamos recorrer ao colegiado. Ainda faltam quatro ministros. Mas, disso tudo, o que me deixa absurdamente triste é esse sentimento de perseguição. Eu me sinto muito perseguida por mulheres. E isso é uma sensação tão ruim. Mas eu ainda acredito na Justiça. Eu tenho certeza que nem todos os ministros pensam igual a senhora, ministra. Porque naquela pilha de documentos que a senhora leu, a senhora sabe muito bem que eu fui esposa do Marcos Paulo. Então, como mulher, essa decisão é inadmissível", desabafou Antonia.
Briga já dura quase 6 anos
Depois de quase seis anos de briga na justiça com as três filhas do diretor, Antônia Fontenelle teve em agosto de 2017 seu direito na herança de Marcos Paulo reconhecido em instância inferior. Na ocasião, três desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio decidiram por unanimidade que a apresentadora é herdeira da fortuna.
Em seguida, a disputa foi parar no STJ. Desde então, a atriz tenta se entender com Vanessa, filha de Marcos Paulo com uma ex-modelo italiana; Mariana, do relacionamento com Renata Sorrah; e Giulia, filha que ele teve com Flávia Alessandra.
Marcos Paulo morreu em novembro de 2012, aos 61 anos, vítima de embolia pulmonar. Pouco antes, ele escreveu uma carta garantindo que a mulher teria direito a 60% de seus bens e investimentos. Esse documento, porém, não foi reconhecido em cartório e é passível de discussão. A herança deixada pelo diretor é avaliada em R$ 30 milhões.