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Isabel Veloso: médica detalha gravidade do quadro da influenciadora; entenda!

Jovem de 19 anos está internada em Curitiba após pneumonia e hemorragia no pulmão

Isabel Veloso permanece internada em um hospital de Curitiba, no Paraná, depois de apresentar complicações respiratórias consideradas graves, como pneumonia e hemorragia no pulmão. A influenciadora de 19 anos passou recentemente por um transplante de medula óssea e, segundo especialistas, o procedimento deixa o sistema imunológico extremamente fragilizado.

A médica pneumologista e paliativista Michele Andreata explicou à rádio Itatiaia que pacientes que realizam transplante alogênico ficam profundamente imunossuprimidos nos meses seguintes. Isso aumenta o risco de infecções severas, entre elas pneumonias, além de possíveis complicações associadas ao enxerto, como a doença do enxerto contra o hospedeiro, que também pode atingir o pulmão.

Segundo a médica, a hemorragia relatada pela família é compatível com esse cenário. Ela afirma que sangramentos pulmonares podem ocorrer em casos de infecções graves, baixa de plaquetas ou inflamações intensas, condições comuns no período pós-transplante. A combinação desses fatores ajuda a explicar a gravidade do quadro apresentado por Isabel.

Quadro é considerado de alto risco

Isabel Veloso. Foto: Reprodução/Instagram

A pneumonia associada ao sangramento pulmonar é tratada como um quadro de alto risco porque indica que o pulmão está sofrendo tanto com infecção quanto com dano estrutural. O sangue dentro das vias respiratórias reduz a oxigenação, dificulta a troca gasosa e pode levar rapidamente à insuficiência respiratória. Em pacientes imunossuprimidos, a evolução tende a ser ainda mais rápida e agressiva.

O histórico clínico de Isabel também pesa. A jovem já havia relatado ter perdido parte do pulmão esquerdo e ter enfrentado um derrame pleural após o diagnóstico de câncer. De acordo com Michele, essa perda reduz a reserva respiratória e deixa o organismo menos capaz de reagir diante de novas infecções. Além disso, processos inflamatórios prévios podem gerar aderências e limitar a expansão pulmonar, o que aumenta ainda mais a vulnerabilidade.

Por que a intubação é necessária

Isabel foi intubada duas vezes em menos de uma semana. A médica explica que a intubação é indicada quando o paciente não consegue manter níveis adequados de oxigênio ou quando existe risco de obstrução da via aérea, como em casos de sangramento ou esforço respiratório extremo. O objetivo é garantir ventilação adequada e proteger o pulmão enquanto o tratamento da causa principal é realizado.

Isabel Veloso. Foto: Reprodução/Instagram

Michele reforça que, diante de quadros tão delicados, a intubação não representa falha terapêutica. É uma intervenção necessária para manter o suporte vital enquanto a equipe médica trabalha para estabilizar o paciente.

A pneumologista destaca ainda que pessoas com histórico oncológico, cirurgias pulmonares e imunossupressão precisam de atenção redobrada. Sintomas como febre persistente, falta de ar, queda de saturação ou tosse com sangue devem ser avaliados imediatamente, já que a progressão pode ser rápida.

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