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Influenciadores são acusados de receber R$ 1,9 milhão em esquema de jogos de azar

Lais Oliveira, de Ribeirão Preto, e Eduardo Veloso, de Fortaleza, são presos sob suspeita de integrar organização criminosa ligada à lavagem de dinheiro em jogos de azar on-line

A influenciadora Lais Oliveira, de 29 anos, residente em Ribeirão Preto (SP), identificada pelo Ministério Público de Alagoas como uma das principais beneficiárias de valores provenientes de uma das empresas ligadas a um esquema de jogos de azar on-line, teria recebido R$ 1.909.209,00 no período de 11 meses, conforme apontado na denúncia apresentada à Justiça.

Segundo o Ministério Público

Desse montante, R$ 423.076,00 foram transferidos para ela por seu marido, o influenciador Eduardo Veloso, de 28 anos, natural de Fortaleza (CE). Juntos, o casal teria acumulado R$ 1.486.133,00 entre maio de 2023 e abril de 2024. Segundo o Ministério Público, Lais e Eduardo eram responsáveis por atuar como rostos publicitários do esquema e também apareciam em conteúdos divulgados nos stories de uma das investigadas, que é casada com o líder da organização criminosa.

O grupo envolvido nas atividades ilícitas seria composto por pelo menos sete integrantes e é acusado de praticar crimes contra a ordem econômica, lavagem de dinheiro e exploração de jogos de azar, promovendo o chamado "jogo do tigrinho".

Nas plataformas digitais, Lais se apresenta como representante de uma casa de apostas on-line. O portal g1 tentou contato com a defesa do casal, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

O casal foi detido na quarta-feira (4) após abordagem realizada pela Polícia Militar de Fortaleza, em cumprimento a um mandado de prisão expedido pelo Tribunal de Justiça de Alagoas. Apesar de residirem em Ribeirão Preto, ambos estavam de férias na capital cearense no momento da prisão.

Movimentação de R$ 1,9 milhão em menos de um ano

As investigações indicam que, entre 21 de janeiro e 18 de abril de 2024, Lais recebeu R$ 931.082,00 de uma das empresas associadas ao chefe da organização. Adicionalmente, entre 5 de maio e 10 de novembro de 2023, foram transferidos R$ 555.051,00 para sua conta bancária por meio de 17 transações via Pix, realizadas pela mesma empresa.

 A denúncia também registra que Lais teria feito movimentações financeiras entre pessoas físicas e jurídicas sem justificativa ou identificação de vínculos claros.

Eduardo, por sua vez, recebeu R$ 459.496,00 da mesma empresa entre 1º de junho e 6 de dezembro de 2023. Desse valor, ele teria repassado R$ 423.076,00 para Lais.

Ainda segundo o Ministério Público, a empresa que efetuou essas transferências foi criada em 15 de março de 2023 e tem sede na cidade de Maceió, em Alagoas.