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Influencer Maíra Medeiros leva seu feminismo pop ao público teen

Corpo livre, mansplaining, relacionamentos abusivos, sexismo. Em sua primeira publicação, “Este livro é coisa de mulher”, a apresentadora Maíra Medeiros conversa com meninas e meninos sobre temas tabus do feminismo

"Isso é coisa de mulherzinha". Quantas vezes as meninas escutam frases como essa, na escola, em casa, e na sociedade? Quantas vezes esse discurso está relacionado a contextos de autodepreciação e preconceito? Em sua primeira publicação, "Este livro é coisa de mulher" (lançamento da Editora Planeta), a influenciadora digital Maíra Medeiros utiliza todo o seu potencial de diálogo com o público jovem para popularizar temas de primeira importância na formação de um indivíduo, seja mulher, homem, cis, trans, não binário, e por aí vai. O primeiro desses temas? A construção do que se entende por papéis de gênero, e como eles funcionam nos lugares que ocupamos no mundo.

Da infância à vida adulta, passando pela decisiva e complexa fase da pré-adolescência, quais são as referências que as meninas recebem ao longo da vida para construírem-se como mulheres? É esse o ponto de partida e ao mesmo tempo o destino final das reflexões do livro. "Essa sociedade machista e maldosa costuma não perdoar com o assunto é a mulher e sua liberdade. Por isso, a concepção deste livro se tornou algo tão essencial para mim. Muito do que você vai ler aqui talvez nunca tenha sido percebido ou questionado por você. Por isso, vamos juntas, página a página, abandonar julgamentos que recaem sobre nós e encontrar caminhos para ganhar mais liberdade e autonomia", propõe a youtuber, conhecida nas redes sociais por seu canal "Nunca te pedi nada", e por ser uma das apresentadoras do podcast "Filhos da grávida de Taubaté".

Com uma linguagem descontraída, informal e bem-humorada, o livro propõe transformar o feminismo em um assunto leve e possível de ser abordado em conversas simples, tanto em casa quanto na escola e na roda de amigos. Formativo sem ser didático nem professoral, "Este livro é coisa de mulher lembra" apresenta um feminismo pop, democrático e inclusivo. Mais do que isso, o livro lembra que educar-se é um processo contínuo que começa na disposição de falar sobre também sobre os temas considerados difíceis, como o machismo, a desigualdade de gênero e a liberdade sexual.

Reprodução internet

Confira alguns aprendizados compartilhados pela autora no livro:

• Performar feminilidade não é determinante para ser mulher

• É preciso conversar com seus sonhos, desejos e ambições

• Amar o seu corpo não significa que você é obrigada a expor o seu corpo

• Magra e gorda são apenas característica opostas, e não definem o quanto uma mulher se cuida

• Ser livre é poder ser natural: você tem o direito de ser do jeito que bem entender

• Não é preciso rivalizar com outra mulher para se afirmar como a mulher que você é

• Desconstruir o machismo é uma tarefa coletiva, mas também individual e diária

• Não deixe sua aparência ser o combustível do seu amor próprio

Confira um trecho do livro - "Imagine quantos problemas de autoestima poderiam ser evitados se todas as meninas além da beleza que têm? Imagine se as meninas fossem elogiadas por outras qualidades, não somente as baseadas na beleza? E se desde cedo ensinassem às meninas que não existe um padrão? (...) Ao entender que ser feminina é uma construção social, deve-se considerar que se maquiar ou usar coisas que podem trazer algum desconforto é apenas uma opção da mulher, e não sinônimo de desleixo ou cuidado. Entendendo que fomos soterradas desde pequenas com estereótipos, obrigações, encanações e besteiras, eu pergunto: você é foda por quê? Entender o que o mundo fez com a gente é entender quem realmente somos! Vamos ser mais justas e amáveis com o reflexo que aparece no espelho." (Maíra Medeiros)

Sobre a autora - Criadora de conteúdo digital, youtuber e podcaster, a publicitária Maíra Medeiros é uma das personalidades de maior destaque na internet quando o assunto é liberdade de expressão. À frente do canal Nunca Te Pedi Nada, ela se tornou conhecida por abordar e desconstruir temas considerados tabus sociais. "Este livro é coisa de mulher" é sua primeira publicação.