O tempo parece não ter passado para Sheila Mello! 20 anos após ganhar o concurso da Nova Loira do É O Tchan!, no Domingão do Faustão, a dançarina - mãe de Brenda, fruto do seu casamento com Fernando Scherer, o Xuxa - continua com o mesmo sorriso angelical e o corpo impecável! A beldade falou sobre os seus cuidados com a beleza, relembrou a sua passagem no grupo baiano e comparou os julgamentos da sociedade da época em que dançava ao lado de Scheila Carvalho com as artistas de hoje em dia, com Anitta.
"Eu acho muito bom como a mulher está sendo apresentada hoje em dia. A gente teve uma geração de tapinhas e um monte de coisas negativas e hoje quem está dando porrada são as mulheres, que eu também não concordo. Eu não concordo que a mulher tenha que ter o mesmo discurso. Não é vingança. Eu acho que tem algumas coisas que são confundidas. Eu gosto da igualdade de gêneros mesmo. Nenhum por cima e nem outro por baixo. Temos que ser tratadas de igual para igual. Hoje em dia, as mulheres têm uma consciência maior do poder delas. Eu venho de uma família que a minha avó era uma paraibana arretada. A minha mãe era a provedora da minha família. Ela se separou do meu pai e criou os quatro filhos sozinha. Na minha família, a minha visão de mulher sempre foi essa. Sempre cresci rodeada de mulheres muito fortes e fico muito feliz de ver este movimento da sociedade olhando a mulher desta forma, mais respeitosa", comemora.
Sheila acredita que a internet propagou os movimentos de empoderamento. "Na nossa época, não tinha muita voz. Eu acho que sempre houve e houveram vários movimentos. Antigamente, eles eram mais isolados. Hoje em dia, eles ganham mais força. Tanto, que até movimento atrasados, que eram para ser banidos com a internet, ressurgiram. A internet funcionou tanto para o bem, quanto para o mau, infelizmente. Mas acho que agora você encontra um terreno fértil de denúncias. Antigamente, éramos eu e a Scheila juntas, mas não tinha essa força e apoio da mulherada nas redes. Eu acho que essa possibilidade das mulheres se juntarem faz o movimento ficar forte e o que eu falo acaba ecoando em algum lugar, fazendo mudar o pensamento. Este é o poder da internet. A Anitta tem tido um papel bem importante. Hoje em dia, ela é o nome mais forte e quando ela assume um corpo longe da perfeição, com celulite, com um monte de coisas que transformam a mulher artista em humana, é muito bom. As pessoas cobram muito da gente. Mas somos todos humanos. Eu acho que esse movimento tem quebrado isso um pouco. Isso é uma libertação até", elogia.
Consciente de fazer parte da memória afetiva de uma geração, a loira recebe de forma carinhosa as demonstrações de afeto dos fãs. "Com certeza, eu vejo com muito carinho esse amor do público pela nossa época no É O Tchan! A gente tem muita consciência desse link emocional que as pessoas têm com a nossa história. Hoje, nós temos uma noção maior com esse termômetro que é a rede social. A minha história com o É O Tchan! ficou no passado, mas se transformou naquela memória afetiva gostosa. É um privilégio da vida fazer parte de uma história de alegria. Todo mundo tem uma história e lembrança de alguma festa que dançou por Debaixo da Cordinha, ou a Nova Loira do Tchan. É um privilégio ter vivido tudo isso através da coisa que eu mais amo fazer, que é dançar. E até hoje, em qualquer casamento, ou festa que a gente vai sempre toca e as pessoas pedem para a gente dançar. Elas querem reviver não só a gente, mas também uma fase da vida delas que foi especial", acredita.
Faturamento nas redes sociais
"Não tem como fugir disso. As pessoas que continuam atuantes no mercado, até os próprios contratantes colocam em cláusulas as redes sociais. Eu não gostava muito de redes sociais e ficava: 'Que isso Carvalho?'. Eu nunca entendi muito esse tempo gasto das pessoas na internet. E eu acabei me apaixonando pelo Instagram, porque eu sou muito visual. E ele se tornou uma ferramento de trabalho tão importante, que todo contrato que faço, ele já está inserido, com números de stories e posts. Quem quer continuar no mercado, tem que ter essa atualização. Isso foi uma coisa natural. Mas eu tenho uma produtora, que meu irmão também trabalha comigo. E o mais legal é que as meninas que cresceram comigo são as mulheres de hoje em dia e eu continuo trabalhando muito presencialmente, em lançamentos de clínicas de estéticas, lançamentos de produtos de beleza."
Paixão pela dança
"Eu fico muito feliz que eu consigo fazer o que é mais importante, que é a dança. Eu nunca quis fama. Eu me lembro quando era criança, eu não imaginava que ia crescer e aparecer na televisão. Eu sempre fui apaixonada pela dança. Eu fico muito feliz que tudo foi consequência de uma coisa que para mim é primordial. Enquanto eu tiver saúde e disposição, eu vou continuar dançando. Eu faço aula de dança até hoje. O que a gente criou é muito presencial. Eu sinto que a gente tem tanto essa imagem da dança atrelada, como a da beleza. As pessoas querem ver a gente ao vivo, tirar fotos. E eu acho isso muito legal, porque eu sou artista de verdade no meu coração. Eu preciso de olhar a pessoa no olho. Eu faço muito workshop de dança. Acabei de vir de um cruzerio que eu dei aula de zouk. A internet chegou, mas ainda sou muito do mundo real. Eu uso as redes sociais como ferramenta, extensão do meu trabalho. Eu coloco até um reloginho para despertar para eu não passar cinco horas do meu dia ali. Eu saio e costumo ter hábitos saudáveis."
Bioenergética
"Eu estudei bioenergética, que é uma técnica para cuidar das pessoas por meio de intervenções da energia do corpo. Não tem nada a ver com a academia. É uma terapia mesmo. A gente sempre faz os workshops. Eu sou apaixonada porque eu vivenciei muito essa técnica. Eu acho que a mente da gente nos trai bastante e o corpo contrai. O corpo é intuitivo, verdadeiro. A mente é muito cheia de ego. Eu sou apaixonada por tudo que é do corpo e essa vai ser minha vibe a vida inteira."