Marcado por uma série de problemas devido ao vício em drogas, Rafael Ilha voltou a falar sobre o assunto que fez parte da sua vida por 13 anos. O ex-Polegar, hoje com 44 anos, já chegou ao fundo do poço e fez questão de deixar claro os dramas pelos quais passou, que incluem nove overdoses e quatro ataques cardíacos, segundo contou no programa de Luciana Gimenez, na noite desta quarta (30)
Cheguei a fumar 70 pedras de crack em um dia porque o corpo vai aumentando a resistência. Morei seis meses embaixo da ponte, dormindo em um papelão", relembrou.
"Ninguém está fumando crack porque quer. Ali [na Cracolândia] tem mais de duas mil pessoas completamente doentes, escravas de corpo e alma de doenças psicológicas. É uma droga devastadora", esclareceu o artista.
Rafael falou também sobre a relação que teve com a atriz Cristiana Oliveira, que cobrou que ele decidisse entre ela e o vício. "A coloquei para fora de casa às 3 horas da manhã. Estava no auge da dependência, ela já tinha acompanhado uma internação minha. Eu ficava cheirando, tinha muitas convulsões e naquele momento não me arrependi, porque meu grande amor era a droga, não ela".
Parte da ajuda que recebeu veio de Fausto Silva, conta Rafael: "Ele me ajudou muito quando eu usava cocaína injetável, há mais de 20 anos. Eu estava muito machucado e a produção dele ligou oferecendo a melhor clínica do país na época. Eles foram me buscar, custava R$ 15 mil um quarto com dois beliches para quatro pessoas e ninguém ficou sabendo de nada. Ele ajuda muita gente", diz.
Hoje pai de família, o ex-cantor diz ter aprendido com o sofrimento. "Não tinha medo de morrer, hoje tenho bastante. Acho que Deus não estaria me abençoando tanto, me dado a vitória sobre o vício, se eu já não tivesse pago à justiça divina pelo que fiz", finalizou.