Chico Chico, filho único de Cássia Eller com a companheira dela, Maria Eugênia, concedeu uma entrevista ao canal no Youtube "Papo de música" e falou sobre a cobrança em levantar bandeiras a favor das causas LGBTQI+. A informação é do Extra.
"Não é o meu papel, enquanto homem branco da Zona Sul do Rio de Janeiro, heterossexual, carregar a bandeira LGBT. Não faria sentido isso. Sou fruto de um casal LGBT que elas, sim, sem levantar bandeiras, e por opção pessoal delas mesmas, representam uma coisa gigante que eu me orgulho muito. Quer dizer que a gente é uma família, que esse amor existe. Não tenho pretensão de carregar bandeira, até porque não faria sentido. Sou uma pessoa pra dar apoio, e apoio toda a forma de luta nesse sentido", disse ele.
O músico de 25 anos também fala sobre a cobrança de ser filho de uma grande estrela da música brasileira. "Não me sinto cobrado. Até porque eu não encaro assim, não é a minha preocupação. Entendo que tem gente que acha isso, mas não é essa a minha preocupação", enfatiza.
Chico começa o papo com a jornalista admitindo que não se sente confortável em dar entrevistas. "Não me interessa ficar falando muito de mim. O meu trabalho não é esse. É legal, eu gosto de ver, de fazer, não", responde ele, sempre com um sorriso no rosto e um jeito tímido. "Gosto de pensar que sou um compositor, antes de ser cantor. Esse é o meu ofício", completa.
Ele lembra que largou a faculdade de Geografia que cursava na Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói, para se dedicar à música. "Hoje pago as minhas contas, vivo disso, de fazer show... Não queria largar a faculdade, mas a música estava me chamando. Gosto muito de cantar".
Entre as declarações feitas por ele, Chico conta que chora com facilidade ("Muita coisa me faz chorar, eu gosto de chorar", diz), revela que "Pedra gigante" é a música de Cássia Eller que ele mais gosta e que aprendeu a falar inglês ouvindo Beatles.
"Minha mãe foi a primeira pessoa que colocou Beatles para tocar na vitrola lá de casa. Eu lembro que eu pirei, achei muito legal. Depois, eu com 10, 11 anos, comecei a ficar viciado, fui baixando, escutando. Marcou muito o início da minha adolescência e até depois, pois eu sempre escutei muito, até hoje eu escuto. Vou bem a fase de eu descobrir a música. Aprendi a falar em inglês por causa de Beatles, vendo tradução".