O ex-BBB e lutador Yuri Fernandes esteve, na manhã deste domingo (7), no Fórum de Maceió, onde assinou um termo de compromisso que determina que ele mantenha uma distância de 100 metros da bailarina Angela Sousa. Yuri foi preso na sexta-feira após uma briga em que agrediu a namorada, em um hotel no bairro da Cruz das Almas, e foi liberado na tarde de sábado (6).
Yuri chegou no fórum acompanhado da mãe, Cláudia Fernandes, e do advogado, por volta das 8h. Ele não quis falar com a imprensa e entrou pela porta dos fundos do local. Segundo o juiz da 9ª Vara Criminal da Capital, Geraldo Amorim, o procedimento é padrão, em casos de prisão em flagrante e liberação por pagamento de fiança. "O termo de comprimisso determina que ele não se aproxime em menos de 100 metros da vítima, bem como não tente entrar em contato com ela ou com qualquer pessoa da família dela. Caso essas medidas protetivas sejam descumpridas, ele pagará uma multa de R$ 20 mil", afirmou.
O juiz explicou que o pagamento da fiança ainda não foi realizado. "O valor de R$ 5 mil só será depositado na segunda-feira. O fiél depositário dele foi o advogado que está acompanhando o caso". Questionado sobre a inafiançabilidade da Lei Maria da Penha, Amorim explica que a Constituição Federal é clara em relação ao direito da liberdade e princípio da dignidade humana, em casos como violência doméstica que não ofereçam risco de morte. "Na minha decisão de liberá-lo eu levei em consideração que o caso não houve risco de morte, ele não apresenta perigo, não há antecedentes e o caso foi lesão corporal leve. É preciso verificar todas as alternativas para manter alguém preso em um caso como esse. A prisão é exceção nesse caso, não justifica cárcere. Ele também foi agredido, apresenta marcas visíveis de agressão, então o processo ainda está tramitando, tem que se analisar a presunção de inocência, que só poderá ser revelada com a conclusão da instrução processual", afirmou o magistrado.
Yuri deixou Maceió na tarde deste domingo, mas o processo continua tramitando na Justiça alagoana e ele pode ter que retornar à capital, caso haja alguma audiência. "Ele pode retornar quando acabar o processo de instrução ou pode responder através de carta precatória, ou seja, o juizado pode inquirir ele no local onde reside". Yuri mora no Rio de Janeiro, mas deve deixar Maceió com destino à Goiânia. "Acredito que ele está fazendo isso para se preservar, por causa da distância de 100 metros da moça", afirmou o juiz.