O empresário Fábio Almeida, que gerencia atualmente a carreira de Claudia Leitte, confirmou que a cantora bloqueou Ivete Sangalo nas redes sociais. Em entrevista ao site BNews nesta quinta-feira (9), ele negou rumores de uma suposta discussão por telefone entre as artistas e explicou o motivo da decisão.
O que ele disse?
“Não houve essa ligação. Não houve nenhum contato telefônico entre as duas. Tudo se deu muito no âmbito do desenrolar dessas questões relacionadas ao tipo de movimento que Ivete fez. Como isso vem crescendo, foi uma opção de Claudia bloquear Ivete”, afirmou Fábio.
O profissional também foi empresário e sócio de Ivete por 12 anos. Ele destacou que o fim da parceria profissional com a baiana não aconteceu de forma amistosa.
Fábio também negou a narrativa de que Ivete teria desligado o telefone durante uma suposta ligação entre as duas: “Defendo os interesses de Claudia, mas nunca aconteceu isso. A narrativa aí está como Ivete [sendo] a dona da palavra que bate o telefone na cara dos outros”, acrescentou.
Nas redes sociais, internautas já especulavam que Claudia teria aplicado um “soft block” em Ivete, uma vez que o marido de Claudia, Marcio Pedreira, continuava sendo seguido pela baiana.
A polêmica
A polêmica começou em dezembro de 2024, quando Claudia Leitte alterou a letra da música “Caranguejo” durante uma apresentação. Ela substituiu o trecho “saudando a rainha Iemanjá” por ”meu Rei Yeshua". A mudança gerou debates acalorados, e o episódio viralizou nas redes sociais.
Após o ocorrido, o secretário de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, publicou um texto sobre axé e intolerância religiosa, curtido por Ivete Sangalo. A atitude foi interpretada como uma posição contrária à mudança feita por Claudia.
O caso também chamou a atenção do Ministério Público da Bahia (MP-BA), que instaurou um inquérito para investigar um possível ato de intolerância religiosa por parte de Claudia. A promotora Lívia Sant’Anna Vaz é responsável pelo caso, e os compositores da música “Caranguejo” serão ouvidos em uma audiência pública marcada para o dia 27 de janeiro. A cantora tem até 13 dias para apresentar sua defesa.
Em uma coletiva de imprensa antes de se apresentar no Festival Virada Salvador 2025, Claudia abordou as acusações:
“Eu acho que esse assunto é um assunto muito sério. Daqui do meu lugar de privilégios, racismo é uma pauta para ser discutida com muita seriedade, não de forma tão superficial. Eu prezo muito pelo respeito, pela solidariedade, pela integridade. A gente não pode negociar esses valores de jeito nenhum, nem colocar isso dessa maneira, jogado ao tribunal da internet.”
Durante o show, a artista optou por não incluir a música “Caranguejo” no repertório.