Drica Moraes |
Foto: Reprodução/ Instagram
Drica Moraes, de 56 anos, revelou durante uma entrevista à jornalista Heloisa Tolipan divulgada nesta semana, que está vivendo o auge de sua vida sexual. A atriz, atualmente em cartaz com a peça Férias, no teatro Claro Mais, afirmou que reencontrou o prazer após enfrentar leucemia, um transplante de medula e a menopausa precoce. “É um privilégio conhecer o próprio corpo, saber onde e como é gostoso”, declarou.
Redescoberta após a tempestade
Drica contou que a experiência com a doença foi um divisor de águas e a fez encarar a vida com novos olhos. “É como se eu tivesse resetado. Sinto muito tesão, muito prazer com meus parceiros… Botando já no plural”, brincou. Ela reforçou que, apesar das dificuldades, sente-se mais livre e segura do que nunca.
A maturidade, segundo ela, trouxe um novo olhar sobre si mesma e sobre a sexualidade. “Quando a gente é jovem, se acha feia, se critica, sofre para transar. Na maturidade, você surfa mais”, afirmou, citando ainda a atriz Zezé Motta: “Mas eu nunca estou só”.
Mesmo com esse entusiasmo, Drica não deixa de apontar as limitações impostas pelo mercado de trabalho. Ela critica o etarismo e a falta de representatividade dos atores mais velhos: “Vejo poucos atores com mais de 70 com narrativas contundentes. É como se fosse para inglês ver”.
Ela defende a valorização de histórias que reflitam a diversidade de idade e destaca que há muita vida após o que muitos consideram "o auge". “Tem muita vida depois da vida que a gente achava que era a melhor parte da vida”, refletiu.
Ao citar o dramaturgo Mario Prata, Drica definiu esta fase como “envelhecência” e reforçou sua postura otimista diante da vida. “Só tenho a agradecer mesmo, acho uma bênção estar viva com tanta energia.” E, citando Raul Seixas, completou: “É preciso se jogar... Porque senão, você morre na cadeira do sofá da sala mesmo, com a boca escancarada, cheia de dentes, esperando a morte chegar”.