Nina |
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Dona de uma linguagem artística própria, ela vem se tornando uma referência no cenário musical LGBTQIA+ de Teresina. Agora, a drag queen Nina Omilana se prepara para mais uma etapa de sucesso em sua carreira. Na próxima segunda-feira (23), Nina lança a canção “Malvadona”, que também chega com um clipe cheio de conceito no dia 24 de maio em todas as plataformas digitais de música.
A artista, interpretada por Douglas Aguiar, 25 anos, entra em uma nova fase e quer ir além. No processo do hit “Malvadona”, não faltou criatividade, diversão e contato com os sonhos antigos. A letra da música foi escrita por meio de uma parceria entre Robson Marinho e Nina.
Nina Omilana lança "Malvadona" (Foto: divulgalçao)A produção musical ficou a cargo de Jokkay, carioca que também possui trabalhos com artistas como Lia Clark, Kaya Conky, Danny Bond e Blogueirinha. A criação contou com apoio da Lights Music Bar, A Bolaria Leste e Lisy Belle.
“Foi de uma forma natural e o refrão foi feito dentro do estúdio. O título da canção foi escolhido em um momento. O título da canção seria “Mulher Digna”, mas não estava do jeito que eu queria. Uma vez recebi uma mensagem de um ‘boy’ que mandou assim: ‘e aí, minha malvadona’ e então ‘boom’, é isso”, falou Nina.
Nas redes sociais, Omilana já divulgou alguns “spoilers” da nova produção. A estética sexy e colorida paramenta a nova cara da drag queen. A artista também incluiu mais laces poderosos aos looks extravagantes e criativos.
Nina Omilana (Foto: divulgação)“O clipe foi feito de forma totalmente independente, mas prometo entregar qualidade, sabe? E entregar dentro das minhas possibilidades porque tive o apoio de pessoas que confiam no meu trabalho”, falou a drag.
Verbalizar a palavra possibilidade é falar em algo que pode acontecer. A recente trajetória de Nina Omilana, que começou no ano de 2018, é feita de uma matéria de sonhos, que também são possibilidades. A “criança viada” cresceu e agora tenta ocupar seu próprio espaço de uma popstar.
Nina Omilana (Foto: divulgação)“Eu assistia Beyoncé, Destiny's Child e queria ser como elas. Viver a fantasia de popstar, ser uma artista cheia de ‘frufru’. Ser drag me possibilita fazer muitas coisas, inclusive já fui DJ, performer, e ela me possibilitou ser cantora, uma coisa que eu sempre quis ser. Eu, uma ‘criança viada’, sempre quis ser cantora e ser drag me possibilitou ser isso”, falou
Desfilando fora do padrão heteronormativo, Nina encontra dificuldades para se manter no cenário artístico na capital piauiense. “Eu sinto falta de oportunidade. Eu queria ocupar mais espaços, eu queria estar na TV, às vezes eu sinto que o próprio público LGBTQIA+ da cidade tem um bloqueio em apoiar a arte da cidade, mas nada que não possa ser trabalhado”, comentou.
O trabalho de Nina Omilana pode ser acompanhado através do Instagram @ninaomilana.